terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


Teias de aranha no triste encontro das paredes.
Dobradiças chorando.
Cadeados enferrujados e correspondências envelhecidas
espalhadas no quintal.
Vasos vazios e plantas mortas de sede.
Móveis que dormem sob panos empoeirados.
Cheiro de casa de veraneio.
A "Casinha" virou quarto de bagunça...arquivo morto.
Armário que a gente tem medo de abrir e começar a mexer.
Saí pensando que voltava em breve,
não deixei placa nem bilhete.
Acabei me perdendo entre e mails práticos e extratos
bancários.
Visitantes vieram, voltaram...estranharam...um dia deixaram de
bater e não voltaram mais.
A pintura da fachada tem ar desbotado.
Anceio pelo dia da volta. Quando? Pois é!
Vou abrir janelas. Despertar uma poltrona e colocá-la numa
fresta de sol.
Com Clarice no colo....vou voltar para a Casinha.
Quem sabe coar um café fresquinho?

Nenhum comentário:

Postar um comentário