maria me observa entre contas vencidas e extratos.sai da sala e volta em seguida com R$ 7,00 na mão.- mamãe te dou todo meu dinheiro só pra você ficar feliz de novo.- querida, dinheiro não deixa as pessoas felizes.- então porque quando você não tem dinheiro você fica triste ?
sábado, 13 de setembro de 2008
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
eu nunca achei que seria mãe. nem gostava tanto de brincar de casinha na infância. eu tinha certeza que havia nascido sem o tal "instinto materno"...o tal dom mágico que surge como que por um milagre em toda mulher praticamente na hora do parto.
tenho sérias dificuldades em administrar os "porquês" e "bicos" de Maria. nem sempre, no final do dia, tenho a paciência necessária para recortar palavras começadas com "gue" e "gui". eu definitivamente odeio "Cartoon Networks" e os sapatinhos da "Polly"... não sei como explicar a ela que simplesmente, por mais incrível e inacreditável que isso possa parecer, não posso comprar tudo o que ela deseja...eu nem sei como ela consegue desejar tudo o que ela deseja... não sei o que responder quando ela vem reclamando que as "costas estão coçando" com um ar de acusação como se eu tivesse culpa de ter gerado um ser...que pode sentir coceira nas costas. não consigo ficar indiferente às suas "crises precoces de adolescente" e isso torna as tais crises ainda mais freqüentes e eu ainda mais intolerante. tento o tempo todo ferozmente resistir a tentação de resolver os seus problemas, tirar todas as suas dúvidas, elevar sua auto-estima, espantar seus fantasmas...nesses momentos me sinto o ser mais impotente e incompetente do planeta...entenda...ainda outro dia eu era uma menina mimada e bicuda que vivia com coceira nas costas.
tenho sérias dificuldades em administrar os "porquês" e "bicos" de Maria. nem sempre, no final do dia, tenho a paciência necessária para recortar palavras começadas com "gue" e "gui". eu definitivamente odeio "Cartoon Networks" e os sapatinhos da "Polly"... não sei como explicar a ela que simplesmente, por mais incrível e inacreditável que isso possa parecer, não posso comprar tudo o que ela deseja...eu nem sei como ela consegue desejar tudo o que ela deseja... não sei o que responder quando ela vem reclamando que as "costas estão coçando" com um ar de acusação como se eu tivesse culpa de ter gerado um ser...que pode sentir coceira nas costas. não consigo ficar indiferente às suas "crises precoces de adolescente" e isso torna as tais crises ainda mais freqüentes e eu ainda mais intolerante. tento o tempo todo ferozmente resistir a tentação de resolver os seus problemas, tirar todas as suas dúvidas, elevar sua auto-estima, espantar seus fantasmas...nesses momentos me sinto o ser mais impotente e incompetente do planeta...entenda...ainda outro dia eu era uma menina mimada e bicuda que vivia com coceira nas costas.
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sábado, 6 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
que bom é ser
qualquer coisa, assim, ao léu,
uma pluma de vender,
um pensamento, um chapéu,
enfim ser, tão-somente isto,
ser apenas pelo meio,
sem um nome,
sem um misto de ancoragem ou de enleio,
ser nada (não é possível)
ser tudo (mas é demais)
ser então o indefinível
nem tão pouco, nem demais.
(Armindo Trevisan)
terça-feira, 2 de setembro de 2008
a vida não tem me dado muito tempo para a vida. continuo trocando o anel de dedo e esquecendo coisas. continuo variando o caminho e mesmo assim não consigo esquecer de certas coisas. o relógio implacável e imparcial continua objetivo no marcar das horas, desconsiderando meus interesses ou necessidades pessoais. vou enchendo pastas de papéis e batendo em portas que continuam trancadas para mim. tirando dois de dois chego ao zero de novo. chegando ao zero alcanço um ponto de partida...e começo tudo de novo. estou tão cansada que não tenho coragem nem de desistir.
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