terça-feira, 6 de setembro de 2011

Sentimento libertador!

Neste momento pouso na página com metáforas pobres. Não serei compreendida, nem compreenderei. Estou em tempos de silêncios, de silenciosas paisagens internas. Algumas tempestadas de mim intercaladas de momentos de estranha calmaria. Sou tardes de verão. Entre tempestades e arcos-íris. Deito-me nas minhas dúvidas. Descubro a delícia de degustar lentamente a calda doce das minhas incertezas. Colher de chá que é pra fazer a degustação durar. Esqueço no fundo do armário minhas certezas amareladas de tempo. Espio de longe e de longe já não me parecem tão certas assim. Talvez ação do tempo que castiga tudo, talvez ângulo de visão. Ou talvez seja minha alma que, tardiamente, tenha resolvido vestir a armadura da insanidade. A coragem me cai bem afinal. Levanta minha sombrancelha. De óculos escuros e echarpes posso tudo. Conquisto o mundo. Lavo a louça acumulada na pia. Sou eu no espelho? Vejo lampejos de mim. Lampejos de uma verdade que fui um dia. Mas o reflexo já mudou. Não sou mais o que era ao meu olhar. O olhar o reflexo me fez outra. Ver o reflexo me transformou. Não sou mais aquela, tampouco agora sei quem sou.

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