
Há alguns dias um amigo me disse que o que eu faço é POESIA. Desde então não caibo em mim, toda prosa e poesia. Montada em versos, vejo cenas do meu dia como estrofes que se exibem para minha exclusiva apreciação. Tudo virou poesia desde então. Chorei poesia ao ver Maria caminhando de All Star preto em sentido ao portão da escola. Espiei poesia através da janela azul bebê. Vi poesia no capacete amarelo do operário saindo do boeiro da avenida. Pingou poesia no guarda chuva de borboletas. A poesia estava pintada em pequenas bolinhas negras na bandeija de jaboticabas da feira livre. Enquadrei poesia no Sol nascente da janela da sala de jantar. Cheirei poesia no bolinho de chuva da cozinha amarela da minha mãe. Toquei na poesia dos cachos que o cabelo da Maria pintam na minha vida. Degustei poesia no café expresso com pauzinho de canela. Suspiro poesia o tempo todo. Com paz no coração cheguei a simples conclusão que ela, a poesia, sempre esteve aqui, só não sabia que ela se chamava assim. Obrigada ao amigo: @AndeMeireles
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