segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Sem sentido!
Hoje acordar me pareceu sem sentido. O banho quente com o sabonete verde me pareceu sem sentido. Sem sentido a echarpe que escolhi, pois nem frio faz. Não vi sentido algum em tomar o café expresso serviço pelo novo atendendente da loja de conveniência. Não vi sentido ou conveniência nisso. O caminho, hoje, não fez sentido. Não fez sentido a rua que mudou de mão e que tornou o meu caminho tão mais longo e engarrafado. Hoje, as músicas que tocaram desde cedo no rádio do carro não fizeram sentido algum. O caminho até o Largo do Socorro não fez sentido. Sempre perco meu sentido quando vou ao Largo do Socorro, aquele lugar é, por si só, sem sentido. Tentei ser educada com a recepcionista da grande empresa multinacional, onde todos têm malas de rodinha, mas ela não viu muito sentido no meu sorriso comercial. Hoje os grandes picups fizeram ainda menos sentido pra mim. A reunião, com a loira com olhos pintados de verde e mala de rodinhas, não fez o menor sentido. Também não fizeram sentido as solicitações dela que, infelizmente, terei que atender, fazendo sentido ou não. Hoje o sol não está me fazendo muito sentido. Não faz sentido o que digo hoje. A ligação do amigo, que deveria fazer sentido, hoje não fez. Hoje estou sem sentido. Ser sem sentido pode ser bom. Pode ser bom não ter sentido em não sentir.
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