quarta-feira, 28 de julho de 2010

Gosto de ficar sozinha. Sempre gostei.
Na casa da minha família sempre tinha gente, muita gente.
Gente indo, gente voltando...gente nascendo, gente entrando, saindo, gente morrendo, almoçando...rindo, cantando, chorando, falando, falando, falando.
Eram raras as chances de ficar só...talvez por isso, ainda hoje carrego isso como um privilégio.
Gosto de ficar sozinha no quietinho da madrugada. Gosto de chegar em casa antes do resto...e ficar no silêncio escuro esperando a chegada da noite. Gosto da solidão da manhã na casa...quando, deliciosamente só, sento na mesinha da cozinha com uma caneca de café quente...esperando o dia acordar.
Gosto da sensação de que ninguém vai me chamar. Ninguém está esperando para o jantar, para o jornal ou para o amor.
Gosto da liberdade de poder sair ou ficar...sem ter que avisar...sem ter hora para voltar.
A necessidade desta solidão cresce a cada dia e me faz pensar...desejar...planejar.
Nunca antes senti tamanho desejo de me dedicar a mim.
Penso em cursos, viagens, em terapias, massagens, mil outras possibilidades...porém hoje, num momento de lúcida solidão, chego à conclusão de como me fariam bem alguns momentos de planejada solidão.
Vou encontrar um canto secreto.
Uma janela e uma poltrona.
Um esconderijo de fim de tarde.
Uma caverna onde eu possa, comigo mesma, curtir deliciosos "happy hours".

novembro 2007

quinta-feira, 22 de julho de 2010

6:08, é o que os caracteres vermelhos marcam no fundo preto do visor. Mariah, silenciosamente, lamenta os 2 minutos que, diariamente, o hábito lhe rouba de sono. Estica um pouco o braço e aperta o botão que silencia o aparelho - faz isso como se calá-lo fosse uma vingança.

Apesar da maravilhosa noite de sono, desperta sentindo o corpo dolorido e, especialmente, cutucado por espetadinhas de adrenalina.

Esta manhã sentia-se inesplicávelmente animada. Talvez apenas resquícios de um sonho bom. Sempre teve dificuldade em lembrar dos seus sonhos, principalmente dos bons. Agradece pela noite de sono e lembra dos fortes calmantes de apenas alguns meses atrás. Sente-se satisfeita pelo rumo que sua vida tinha tomado, apesar de todas as dificuldades, tudo caminhava bem.

Admira a filha que ainda dorme profundamente ao seu lado. Alguns cachos dourados desenhados no travesseiro. O rosto lindo completamente relaxado sem qualquer indício de tensão ou medo. O sono tranquilo que só quando se é criança se pode ter. Sentiu-se ligeiramente culpada por não ter tido força suficiente para tê-la mandado para o seu quarto na noite anterior e ao mesmo tempo lamenta que isso não duraria para sempre. Logo ela não irá mais querer dormir na sua cama. Não lhe contará seus segresos. Não lhe fará desenhos à guache.

Na ponta dos pés descalços, caminha até o banheiro e abre a torneira para que possa ter um banho de água bem quente em poucos minutos. Confere o corpo no espelho, lamenta não ter sido mais assídua nos exercícios físicos ao longo da vida. Caminha pela casa que começa a ser invadida pelos primeiros raios do dia e desfruta um pouco dessa sensação de reinício. Através das grandes janelas da sala vê o vermelho do sol nascente por trás do contorno das árvores. Todas as manhãs, isso é para ela , a maior obra de arte que se pode ter numa sala.

Sorri da garrafa de vinho da noite anterior e fica satisfeita com o hábito mantido. O vinho, o bate papo e uma música no fim de um dia, eram como uma recompensa merecida. As rolhas se acumulavam nos grandes vidros ao lado do sofá, no prato sobre a mesinha, em potes e cachepos, como recordações de cada celebração.

No silêncio do seu banho matutino, planeja alguns passos práticos do dia enquanto permite que a água quente lhe caia nas costas. Percebe joelhos e cotovelos castigados pelo rigor do inverno. Deseja que o rosto tenha menos manchas. Confere quatro fios de cabelo brancos no alto da cabeça. As rugas no canto dos olhos continuam as mesmas e ela continua não acreditando em cremes anti-sinais.

Pouca maquiagem para deixar a pele mais uniforme. Preto nos olhos para destacar o olhar. Veste-se, no escuro, como faz todos os dias. Escolhe as argolas, os sapatos altos de bico fino, uma echarpe sobre os ombros. Bolsa, pasta de papéis, celular...dá apenas 1 volta de chave na porta e chama o elevador. No espelho confere melhor a aparência e não fica insatisfeita com o resultado. Apesar de tudo, a vida havia lhe sido bem generosa. Deixa que um sorriso espontâneo lhe marque uma covinha no rosto.

No carro, gasta alguns minutos a mais na escolha de uma música especial. Acredita que a música pode imprimir um ritimo especial ao dia, não sabe bem porque, mas sente que aquele dia é um capítulo de uma história muito especial.

Todos os dias quando sai da garagem escura sente-se particularmente brindada pelo sol. Hoje ele lhe parece ainda mais divino.

Na loja de conveniência habitual do seu café da manhã, o display de livros e revistas lhe chama particular atenção. Entre todas as publicações, a que salta aos seus olhos é a última edição da revista Viagem. Veneza era o Destino do Mês. Veneza nunca tinha sido para Mariah a primeira opção na Itália. Sempre a óbvia Roma, mas hoje sem entender bem o motivo, se sente irresistívelmente atraída por Veneza.

"Sim, Veneza! Por que não?"

quarta-feira, 21 de julho de 2010

A água do mar lava algumas ruas de Paraty ! Idéia original de urbanistas portugueses que ajudaram na elaboração do projeto urbanístico da cidade. A água tem permissão para entrar e levar embora toda a sujeira das ruas. A cada nova maré a cidade tem a chance de "se limpar" novamente.
As casas de Paraty têm mais portas que janelas. Isso porque, antes de serem casas, foram lojas, armazéns, ferrarias. Hoje, este detalhe, dá uma gostosa sensação de hospitalidade.
Amyr Klink começa ou termina sempre suas viagens em Paraty.
Dona Geralda, filha de um portugues beneficiado com o sistema de sesmarias, financiou a construção da igreja da Matriz (a terceira construída, depois de duas anteriores que ficaram pequenas para a população local e foram destruídas). Em troca, teria feito duas exigências: que fosse feita uma homenagem a Nossa Senhora dos Remédios e que os índios - Guaianás - que ajudariam (não voluntariamente) na construção da igreja fossem tratados com carinho. A Santa está lá, já os índios...não encontramos nenhum que pudesse confirmar se a segunda exigência foi atendida.
A "coroa", tão benevolente com os escravos, deixou eles construíssem uma igreja para uso próprio (além das que construíam para os brancos), foi chamada de "Nossa Senhora das Dores". Os escravos acabaram caprichando mais na "sua própria igreja" e hoje é considerada a mais bonita da cidade. No teto da abóbada principal "esconderam" um abacaxi disfarçado. Como o abacaxi era o principal símbolo da família real, eles não poderiam usá-lo na igreja dos escravos. Hoje ele está lá, de cabeça para baixo, mas está.
Algumas fachadas são ornamentadas de pedras enormes amarelas trazidas de Portugal como lastro nas embarcações. Os návios eram construídos para navegarem cheios porém, quando vinham para o Brasil , viajavam vazios. Para manter a estabilidade, enchiam seus porões de pedras. Chegando aqui tinham que enfiá-las em algum lugar.
O triângulo da Maçonaria está presente nas cantoneiras de pedras nas encruzilhadas.
Em Paraty sorri mais do que chorei, mas chorei.
Tomei vinho bom.
Usei meu xale preto e minhas botas toc toc toc.
Deixei que a água entrasse e lavasse a sujeira que ainda poluía minhas ruas.
Descarreguei algumas pedras que me pesavam.
Abri minhas portas.
Entendi enfim que, para o que não há remédio, remediado está.


postado originalmente em julho 2007

sábado, 17 de julho de 2010

..."toc toc toc"...o salto das minhas botas pretas nas calçadas silenciosas. Sem saber exatamente onde íam mas seguindo a passos firmes. Ladeiras sem cansaço, ruas escuras sem medo da violência da cidade, madrugada sem sono ou fadiga. A noite saboreada numa jornada silenciosa para dentro de mim..."toc toc toc"...
O cheiro de rosas a me acarinhar por toda a caminhada me dava a confortável sensação de estar sendo cuidada.
Carregando os cacos que sobraram do nosso amor observava os caquinhos que ornamentavam as calçadas..."toc toc toc"...
Cruzei com bêbados e boêmios, desconfiei do comportamento de alguns...muitos desconfiaram do meu....nada diminuía o rítmo das minhas botas pretas..."toc toc toc"... Eu, nascendo de novo...parto dolorido...na última noite de maio. Casaco de couro, cachecol...e botas pretas ... "toc toc toc"... a me levar.
Na minha lembrança, as noites tristes sempre são frias.
Num bar quase vazio, um cantor, um violão, MPB...desejei entrar, sentar, ouvir a música com uma cerveja....minhas botas não permitiram..."toc toc toc"...
Passei por casas e lojas dormindo de portas fechadas. Ruas em repouso, desertas. Imagens do meu dia a dia num quadro diferente... luz cenográfica, silêncio teatral..."toc toc toc"...
Uma cidade carinhosa a acolher meu momento de reflexão...sem fazer alarde, sem emitir opiniões ou dar conselhos..."Toc toc toc"...
Queria apenas estar quieta. Andando. Pensando. Deixando minhas botas me levarem..."toc toc toc"...

maio 2007

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Na cidade, frio. Dentro de mim também.
À noite, Clarice me faz companhia.
Ilumina minha tristeza com a luz do seu saber.
Cada folha lida de "Aprendendo a Viver" me aproxima mais de Clarice.
Clarice com sua simplicidade complicada.
Clarice sempre terá o sabor "agridoce" deste estranho filme.
Inverno, Insônia, Insegurança...Olhos tristes.
Hoje sou a tartaruga de Clarice:
sem casco, nem cabeça, arfando dentro da geladeira.

Ontém virei a última página do meu primeiro caso de amor com Clarice: "Aprendendo a Viver" - agora ela também é um pouco minha (pode morrer de ciúme) e eu sou um pouco dela.

maio 2007

quinta-feira, 15 de julho de 2010

"eu preciso aprender os mistérios do mundo para te ensinar"

Tantas perguntas suas que ficam sem resposta.
Como aprender a andar de bicicletas sem rodinhas?
Por que alguns homens namoram outros homens?
Harry Potter existe?
Quem dá o dinheiro para o Papai Noel comprar tantos presentes? E porque ele não compra para todo mundo?
Tem problema ser gordinha?
Por que gente grande só toma sol e nunca entra na piscina?


abril 2007

quarta-feira, 14 de julho de 2010

É na calada da noite que passeiam os mais criativos.
Fumam nas janelas dos seus apartamentos,os pensadores e os pensativos.
Sofremos de insônia. Eu e eles.
Buscam seus blocos de anotações, seus Moleskines.
Pedem socorro aos livros e internet.
Numa atitude desesperada, o inevitável assalto a geladeira.
O telefone mudo nos faz pensar que somos únicos - que o resto do mundo dorme um tão desejado sono profundo.
O ponteiro continua avançando implacávelmente.
As estrelas rendem o turno ao nascer do sol...
E nós pensadores insones...testemunhas de tudo isso!

"Pensa-se na escuridão clara. Não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão. Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe se são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem está acordado agora: E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir? Mas e o vício que nos espreita? Ninguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. " (Clarice Lispector - Aprendendo a Viver)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Passará
As canções não se escrevem
Mas nascem por si
São as coisas que acontecem
Cada dia em torno a nós
As canções basta colher
Existe uma também para você
Que torna mais difícil viver
E não sorri nunca
As canções são ciganas
E roubam poesias
São enganos como pílulas
Da felicidade
As canções não saram
Amores e doenças
Mas aquela pequena dor
Nos dá a existência
Passará, passará
Se um aapaz e uma guitarra estiverem ali
Como você, na cidade
A olhar esta vida que não vai
Que nos mata as ilusões
E com a idade das canções
Passará sobre nós
Terminaremos tudo em um banco, antes ou depois
Mas porque, e quem sabe
As angústias de uma rica pobreza
A falar dos amores que não tens
A cantar uma canção que não sabes como faz
Porque a perdeu dentro
E se lembra somente
Passará
Em um mundo de automóveis
E de grande velocidade
E por quem chega sempre último
E por quem se fala adeus
Por quem se debate nos obstáculos
Da diversidade
As canções são vaga-lumes
Que cantam no escuro
Passará antes ou depois
Esta pequena dor que existe em você
Que existe em mim, que existe em nós
E nos faz sentir como marinheiros
Em poder do vento e da saudade
A cantar uma canção que não sabes
Como faz
Mas aquela pequena dor, que seja ódio, ou que seja amor
Passará
Passará, passará
Também se farás
Somente la la la
Passará, passará
E a qualquer coisa uma canção servirá
Se a tua pequena dor
Que seja ódio, ou que seja amor
Passará

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Solidão...visão de Chico...

"Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...isto é Saudade.
Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe as vezes, para realinhar os pensamentos...isto é Equilíbrio.

Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida...isso é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado...isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isso.

Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos em vão pela nossa alma."

(Francisco Buarque de Holanda)

quarta-feira, 7 de julho de 2010

"A fidelidade é o amor conservado ao que aconteceu, o amor ao amor, no caso, amor presente (e voluntário, e voluntariamente conservado) ao amor passado. Fidelidade é amor fiel, e fiel antes de mais nada ao amor. Como eu poderia jurar que sempre te amarei ou que não amarei outra pessoa? Quem pode jurar seus sentimentos? E para que, quando não há mais amor, manter a ficção, os encargos ou as exigências do amor? Mas isso não é motivo pare renegar ou não reconhecer o que houve. Por que precisaríamos, para amar o presente, trair o passado? Eu juro não que sempre te amarei, mas que sempre permanecerei fiel a esse amor que vivemos. O amor infiel não é o amor livre: é o amor esquecidiço, o amor renegado, o amor que esquece ou detesta o que amou e que, portanto, se esquece ou se detesta. Mas será isso ainda amor? Ama-me enquanto desejares, meu amor; mas não nos esqueça." (Ed. Martins Fontes; André Comte-Sponville - Pequeno Tratado das Grandes Virtudes).

postado originalmente em fevereiro de 2007

terça-feira, 6 de julho de 2010

"Da Observação" - Mário Quintana

"Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio o coração alheio.
Farás, assim, do amal que eles te querem
teu mais amável e sutil recreio."
(Mário Quintana)

Anos levei observando o ser humano.
O estudei como se estuda o manual de um rádio relógio com despertador e funções complicadíssimas.
Acho que já entendi o básico...
porém ainda não descobri o que fazer com todas estas informações.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Viagem de Táxi

"Saí da casa de minha amiga para um sol de três horas da tarde, e num bairro que raramente frequento, Urca. O que mais acresceu a minha perdição. Estranhei tudo. E, por me estranhar, vime por um instante como sou. Gostei ou não? Simplesmente aceitei. Tomei um táxi que me deixaria em casa, e refleti sem amargura: muita coisa inútil na vida da gente serve como esse táxi: PARA NOS TRANSPORTAR DE UM PONTO ÚTIL A OUTRO. E eu nem quis conversar como chofer." (Clarice Lispector / Aprendendo a Viver / O Grupo)

Na infância fui traumatizada. Enfiaram na minha garganta Eça de Queiroz, Mário Quintana, Carlos Drumond, Clarice Lispector...como aquelas imbecís acham que eu, do alto dos meus 10 anos, interpretaria este texto? O que eu entenderia por um táxi me levando de um ponto útil ao outro...não tinha nem iniciado as viagens da minha vida. Agora "adulta" (hahahah) enfrento a prateleira de "Autores Nacionais" e tento recuperar o tempo perdido.

domingo, 4 de julho de 2010

"Vitória apaga e derrota revela!"
(Vanderlei Nogueira)
mais filosofia futebolística...
Reeditado - publicado originalmente em Março de 2007

Quando nasci era verão. 12 horas para conseguir atravessar e chegar aqui. Ganhei uma boneca - ainda existe - é vermelha e tem os cabelos brancos. Com 5 anos (uma mão cheia) prendi o dedo no balanço que havia sob a cerejeira que ficava no jardim da casa (o jardim hoje é uma sala e a cerejeira não existe mais). Minha boneca chamava Bianca. Os cabelos eram sempre curtos, muito curtos. Logo cresci. A casa foi ficando menor. Hoje já está grande de novo. Gosto de uva, aquela de chupar. Visto roupa preta porque é preciso, mas gosto mesmo de vermelho. Não uso batom, tenho preguiça. Tem dias que gosto de ficar na cama - mudando de canal. Filosofia, poesia, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor e Rosamunde Pilscher (queria conhecer a Cornualha). A mesma coberta há 20 anos e lençóis de algodão. Novelos de lã, tubos de tinta óleo, buquês de lápis de cor. Me distraio pegando uma estrada. Dirigindo tenho minhas melhores idéias, elas se perdem...deveria comprar um gravador. Adoro ficar sozinha. Vinho tinto seco. Pimentão recheado. Não gosto de bicho de pena. Samba. Cerveja...melhor preta. Bolinho de arroz. Tomar sol lendo a Veja. Cinema Paradiso e Mensagem para Você. Jorge Aragão. Parede Vermelha. História. São Paulo. Vila Madalena. Astor. Café com rosquinha da minha mãe. Os cachos dos cabelos da Malú.

sábado, 3 de julho de 2010


Boa sensação de casa nova, de tinta fresca.

Vou transferir para cá alguns textos importantes para mim
e tentar dar cara de casa a este espaço
ainda tão vazio de mim!





conseguimos ser péssimos


até no quesito onde somos considerados


os melhores do mundo!