quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vida real!


Acho que eu conheço muita gente. Pelo menos é essa a sensação que eu tenho. Tem sempre algo acontecendo com gente que anda a minha volta.

Gente nascendo, gente morrendo. Gente conquistando, gente desistindo. Gente roendo unha. Gente cortando cabelo. Gente soltando pum. Gente se graduando. Gente tendo câncer. Gente fazendo brigadeiro. Gente casando. Gente separando. Gente indo. Gente voltando. Gente sorrindo e gente chorando. Muita gente, sempre. Muito barulho, sempre.

Chego a conclusão que a ação está muito mais nas pessoas que me cercam do que, propriamente, na minha cena. Talvez eu seja uma personagem de apoio, tão somente uma coadjuvante.

Mais coisa acontece agora! Sabe aquele tipo de coisa que muda a vida? Pois é, esse tipo mesmo.

Todas as vezes em que a vida me coloca a frente de um desafio, eu me sinto totalmente despreparada. Já devo ter dito isso aqui umas 136 vezes. O que prova o quanto eu sou despreparada para os desafios da vida real.

Sou despreparada para dificuldades. Tenho problemas com contratempos. Sou péssima em administrar a adversidade. Demoro a entender que a vida nada mais é que uma feliz sequência de adversidades.

Há alguns anos eu perdia a paz e o ar com a sensação de impotência. Com  a impressão de que nem tudo estava sob meu controle. Os anos e talvez as dificuldades me ensinaram a respirar melhor. Hoje sou uma melhor equilibrista de pratos. Ainda deixo alguns caírem, mas os cacos já não me incomodam da mesma forma. Aprendi a acreditar que tem sempre alguém, que sabe mais que eu, e que, muito provavelmente, saiba o que está fazendo. Alguém que talvez tenha um plano maluco e inacreditável para esse caos que se chama "vida". Aprendi que isso se chama FÉ.

Hoje, ela que nasceu da adversidade, há tão poucos anos, precocemente se vê a frente de uma decisão tão dura, tão cruel e solitária. E eu, impotente, só posso olhar de longe.

Meu desejo hoje, seria te colocar no colo. Te deixar chupar o dedo e costurar seu pilili, pensativa. Queria hoje poder ver em seus olhos grandes, a paz que eu via nesses seus momentos de descanso. Mas não posso. Hoje, nesses mesmos olhos, vejo medo, aflição e uma descrença sem fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário