quinta-feira, 25 de junho de 2015

traída pelas lembranças



lembranças...
fui lá buscá-las, mas não as encontrei
no lugar das paredes azuis, encontrei uma laranja vivo
as salas pequenas, meio antigas, com pisos de madeira
agora são coloridas...amplas...barulhentas
cortinas de um abóbora vivo tingem a sala com uma luz vermelha, suspeita
encontrei mesas pequenas e grupos concentrados
muitos alunos andando com mochilas nas costas, pareciam em trânsito
não pareciam pertencer
não como nós pertencíamos

são novos desenhos que apagam os das minhas lembranças
mudaram a planta e não me consultaram
fecharam uns cantos de quintal
sumiram com um banco onde eu vivi meu amor eterno dos 12 anos

os muros que nós pintamos não está mais lá
o alambrado que pulamos sumiu
cobriram a entrada
abriram os portões que nos continham

está tudo diferente
esperava encontrar lá minhas lembranças
era a minha última esperança de refúgio do passado
guardei esse refúgio
nunca mais havia voltado lá

nem devia ter....

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