sábado, 17 de dezembro de 2011

O Estrangeiro - Albert Camus


sobre Salamano e seu velho cachorro...

"Há oito anos que não mudam de itinerário. Eles podem ser vistos ao longo da rue de Lyon, o cão puxando pelo homem até o velho Salamano tropeçar. Então, ele bate no cachorro e xinga. O cão rasteja de medo e se deixa arrastar. Nesse momento, é a vez de o velho puxar. Quando o cão se esquece, torna a arrastar o dono, e é outra vez surrado e xingado. Ficam, então, os dois na calçada, e se olham: o cão, com terror, o homem, com ódio. É assim todos os dias."
(Albert Camus - O estrangeiro)
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O terceiro livro lido no Nosso Clube de Leitura.
Niilismo, talvez. A discussão acalorou-se. Meursault era culpado? Inocente? Ou muito pelo contrário?
 Mas o que importa afinal?
O que a obra me diz é que, "nada importa", "tanto faz" a gente chega, parte e quase ninguem nota, quase ninguem sente a nossa falta.
Muito pouco do que a gente faz, faz alguma diferença no mundo.

Um comentário:

  1. Esse é um dos livros que mais marcou a minha existência. Gosto muito da literatura do Camus. A senhorita já leu "A Queda", "A Peste" ou "O Avesso e o Direito"? São tão bons quanto o Estrangeiro.

    Abraço

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