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o colar de lanternas vermelhas ao longo da marginal anuncia um longo e lento caminho de retorno.
às 18:26 o céu ainda não é azul marinho e a primeira estrela no céu me obriga uma lembrança tão antiga que nem sei de quando...
"primeira estrela que eu vejo me conceda um desejo..."
deixo atrás de mim planilhas e emails iniciados e não terminados...como tantas outras coisas. uma pilha de contas por pagar, nem um tostão no bolso...ligações recebidas e não atendidas, oportunidades perdidas...até a polícia ultimamente resolveu andar atrás de mim. uma noite não dormida pesa nos olhos e nas juntas.
o colar de lanternas vermelhas nesta quase noite parece poesia e me obriga a aceitar que a "alegria" é um impulso interno que, simplesmente, ignora o ambiente.
desfaz-se a ruga na testa...o peito fica leve de novo e a boca permite-se o sorriso...
a vida, chamada real, se enche de boas imagens...
...o cacho descuidado de Maria no rosto...o amor sereno que desperta ao lado...cheiro de pão torrado acordando a casa... a mensagem do colega para a "querida amiga"...o vinho com os companheiros na hora do almoço...a paz!
essa paz que vem de dentro de mim...essa paz!
neste momento é possível a conclusão sábia e simples:
"a felicidade nada mais é do que um punhado de momentos de alegria..."
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