quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Persuasão - Jane Austen
"Não posso mais ouvir em silêncio. Devo falhar-lhe com os meios que estão a meu alcance. Meu coração está dilacerado. Estou em estado de semiagonia, semiesperança. Não me diga que cheguei tarde demais, que sentimentos tão preciosos se foram para sempre. Ofereço-me uma vez mais com um coração ainda mais seu do que quando quase o partiu, há oito anos a meio. Não ouse dizer que um homem se esquece mais depressa do que uma mulher, que o amor dele conhece primeiro a morte. Nunca amei outra pessoa. Injusto posso ter sido, fraco e rancoroso posso ter sido, mas nunca inconstante. Apenas por sua causa eu viria a Bah. Apenas por sua causa penso e planejjo. Não percebeu tudo isso? Não foi capaz de compreender meus desejos? Eu não teria esperado sequer estes dez dias caso tivesse lido seus sentimentos, como acredito que deva ter interpretado os meus. Mal consifgo escrever. A cada instantes ouço algo que me angustia. Sua voz se abaixa, mas posso reconhecer os tons dessa voz mesmo quando se misturam aos demais. Boníssima, extraordinária criatura! Faz-nos justiça, sem dúvida. Acredita que existam a verdadeira afeição e constância entre os homens. Acredite serem mais ardentes, mais inalteráveis, em
F.W.
Preciso ir, incerto quanto ao meu destino. Mas voltarei aqui, ou me reunirei a seu grupo, o mais depressa possível. Uma palavra, um olhar, serão o basatne para que me decida a ir a casa de seu pai esta noite ou nunca."
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