domingo, 30 de outubro de 2011

Falando muito, dizendo pouco!

Queria ter um milhão de palavras ou apenas uma que dizesse o que eu não quero dizer. de dentro do meu silêncio, me parece, que tenho falado muito e, efetivamente, dito muito pouco. Feito menos ainda. incômoda sensação. Perda de tempo e disperdício de palavras. Hoje, brinco melhor com as palavras. Bordo-as, combino-as. Faço com que dancem ao meu bel prazer. Nesta dança, muitas vezes perco-me. Um perder-se bom. Como estar girando sendo segura pelas mãos da mãe. Um tontear que desnorteia mas é seguro. Hoje sou mil palavras, como se estivessem toda a me sufocar. Não há sentido em falar porque não há o que dizer e, o que há, não deve ser dito. Deve-se silenciar. Fato incontestável é que todo texto tem um fim e que, a evidência desse fim, torna tudo sem sentido. Um trovador solitário sem o que comunicar, nem a quem, nem porque. Cantando segredos surdos. Sigo, feito poesia concreta de palavras salpicadas umas sobre as outras. E só.

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