segunda-feira, 30 de novembro de 2009


"Mas devo avisar. Às vezes começa-se a brincar de pensar, e eis que inesperadamente o brinquedo é que começa a brincar conosco. Não é bom. É apenas frutífero."
Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida...
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós
Algo de uma criança...
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...
Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando
Que se faz o caminho...
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós
Aonde Deus colocou...
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol
Enquanto houver sol...
...para minha querida irmã...

sábado, 28 de novembro de 2009


"Eu antes tinha querido ser os outros para conhecer o que não era eu. Entendi então que eu já tinha sido os outros e isso era fácil. Minha experiência maior seria o âmago dos outros: e o âmago dos outros era eu." Clarice...

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

"Suponhamos que eu seja uma criatura forte, o que não é verdade. Suponhamos que ao tomar uma resolução eu a mantenha, o que não é verdade. Suponhamos que eu escreva um dia alguma coisa que desnube um pouco a alma humana, o que não é verdade. Suponhamos que eu tenha sempre o rosto sério que vislumbro de repente no espelho ao lavar as mãoes, o que não é verdade. Suponhamos que as pessoas que eu amo sejam felizes, o que não é verdade. Suponhamos que eu tenha menos defeitos graves do que tenho, o que não é verdade. Suponhamos que baste uma flor bonita para me deixar iluminada, o que não é verdade. suponhamos que eu finalmente esteja sorrindo logo hoje que não é dia de eu sorrir, o que não é verdade. Suponhamos que entre meus defeitos haja muitas qualidades, o que não é verdade. Suponhamsoq eu eu nunca minta, o que não é verdade. Suponhamos que um dia eu possa ser outra pessoa e mude de modo de ser, o que não é verdade." Clarice...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entando, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquelo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano - já me aconteceu antes. Pois sei que - em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade - essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama. Deus, que ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém." Clarice.....

terça-feira, 24 de novembro de 2009


Naquela época mãe era mãe. Mãe não era amiga, e isso não era ruim. Não era amiga, mas era mais mãe do que somos hoje.
Naquela época, os amigos eram reais e não virtuais. No dia do aniversário, a gente se reunia, comia bolo e cantava parabéns...ainda não existia e mail.
Naquela época, as lojas não abriam aos domingos. Domingo era dia de ir na madrinha. O pai parava na banca de jornal da praça para comprar o "Estadão", enquanto a mãe ia ao caminhão de frutas comprar uma melancia ou um sacão de laranja bahia. A madrinha fazia lazanha com frango assado e a vó...ah, a vó...fazia aquele bolo mesclado com aquela casquinha durinha. Era dia da criançada brincar de queimada e barra manteiga no quintal e voltar dormindo para casa. A gente sonhava com a "Beijoca", mas a prima mais velha não deixava nem chegar perto.
Os supermercados, que ainda não eram "hiper", só abriam de dia e os sacos eram de papel, muito usados inclusive por pintores de parede.
Não pagávamos estacionamento nos shoppings. Quase ninguém tinha carro zero e nem carnês com 60 parcelas. As pessoas tinham cadernetas de poupança e também de "mercearia".
Comíamos doce de banana dentro de casquinhas de sorvete. Fruta do pé. Chiclete só tinha de tutti-fruti ou hortelã, mas já tinha figurinha.
Os telefones não tinham teclas. Tínhamos que colocar o dedo e rodar o disco...era triste quando o número do telefone tinha o número zero.
As TVs não tinham controle remoto, mas também nem precisava, tínhamos apenas quatro canais. Ainda não existia a Internet. Já existia a Barsa e a Coleção Conhecer.

domingo, 22 de novembro de 2009

repostagem... Ainda ontém a vó escolheu o feijão na mesa da cozinha de azulejos amarelos enquanto moeu o pão torrado em farinha. A mãe fez um bolo de noiva do tamanho de uma porta e os enfeitou-o com mágicas fitas de coco. Ainda ontem o vô gigante andou as voltas com latas de tinta e cimento, dias e dias a construir uma nova parede. Ainda ontem subimos na cerejeira e deixamos que ela manchasse nossas roupas. Ainda ontem comi torradas de pão francês com geléia de morango. Ainda ontem furei minhas orelhas e virei mocinha. Ainda ontem colei bolinhas de papel crepom no desenho da coruja. Voei pendurada no salgueiro do pátio da escola. Ainda ontem sujei minhas mãos tentando prender a corrente da bicicleta azul. Ainda ontem escrevi uma carta jurando amizade eterna para minhas melhores amigas. Ainda ontem brinquei com os primos atravessando o portão secreto que une os dois quintais. Ainda ontem chegou em casa o primeiro aparelho de telefone. Ainda ontem me tranquei com a prima no quarto verde e prendi meu dedo no balanço. Ainda ontem sonhava em ser arquiteta, fotógrafa e filósofa. Descobri que meu pai não era o super homem e que eu não queria ser minha mãe quando crescesse. Ainda ontem nossa casa tinha apenas um banheiro, papel de parede com flores e carpete marrom. No quarto da mãe tinha um espelho mágico e gigante. Ainda ontem a irma mais nova chegava embrulhada num chalé de crochet. Ainda ontem eu acreditava que o Papai Noel fosse atender a todos os meus pedidos, pois eu era uma boa menina. Ainda ontem acreditava que o futuro seria a simples realização dos meus sonhos. Ainda ontem senti medo e segurei na mão do meu pai. Ainda ontem a vó botava o feijão no fogo...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009









Citando "Diogo"...hoje, não sou mais dona da minha vida. Hoje quem manda nela é você. Por você, só por você daria minha vida. Só por você eu morreria. Só você é insubstituível. Por você eu vou ou não. Fico ou não. Vivo ou não. Por você eu durmo ou não. Vivo a noite simplesmente admirando os cachos dourados que enfeitam o travesseiro enquanto você dorme. Descobri o verdadeiro significado do amor (ou algo até mais poderoso) no fundo dos seus olhos quase claros. É encantador seu jeito objetivo de ver o mundo, descobrir que você sabe o que é "espiráculo" e eu não. Suas dúvidas e certezas. Suas convicções e sonhos. Seus segredos e suas primeiras paixões. Seus desenhos. Suas primeiras palavras. A vida que você monta dentro da sua casinha de bonecas. A segurança que você busca em mim, mesmo sabendo que eu não sei tudo...ou não sei quase nada. Seu beijo tem o remédio mais poderoso para todas as minhas dores e tristezas. Me apavoro quando seu olhar busca minha aprovação. Seu sorriso com um dente e meio me traz a certeza de que nada, absolutamente nada mais me importa. Pode ser que amanhã você calce um escarpin vermelho de salto alto e corra pela vida, me esquecendo numa velha cadeira de balanço...é a vida, mas tudo terá valido a pena. Cada olhar, cada gargalhada, cada lágrima, cada palavra falada ou não.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

"Eu gosto de longas caminhadas...principalmente quando elas são feitas por pessoas que me perturbam"

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

repostagem...
Vida normal. Sem grandes emoções, nem grandes tristezas...não guardo grandes perdas...nem tampouco grandes vitórias. Tudo coube (até então) em 3 diários de papel.
O primeiro viveu numa brochura. A capa eu mesma fiz com papel espelho, que não era espelhado (um dos mistérios da minha infância) mas era cor de rosa. Guardou versos sublimes do alto da sabedoria dos meus 12 anos...guardou também as lágrimas de meus amores impossíveis. Aquele que foi embora, morar a longinqüos 20 kilômetros de distância. Hoje agradeço, se tivesse ficado teria se tornado mais um rosto no bairro como tantos outros rostos. Também teria envelhecido. Casado, separado...nos encontraríamos no sacolão do bairro no final de semana. Você vestindo uma camisa de time, carregando 2 filhos num carrinho de mercado...Tenho certeza: é melhor que tenha ido. Ficou na minha imaginação como um príncipe encantado, um amor impossível. Isso dá muito mais poesia.
O segundo nasceu depois de 20 anos. Na capa um anjo renascentista. Nasceu da necessidade de registrar outras experiências. Nem tão minhas assim. Nasceu num final de semana, de uma estripulia. Este guardou momentos densos - já mais adulto (sem papel espelho cor de rosa) registrou perdas...muitas perdas. Registrou desastres mundiais, crises políticas e conjugais, registrou inícios e fins. Um palito de sorvete, um tichets de cinema, teatro infantil, os primeiros desenhos, alguns recortes de jornal,"A FOLHA DE UM PLÁTANO"...de um final de semana especial. Esse virou uma triste lembrança...suas folhas se espalharam numa estrada...na sua esperança de me arrancar minhas lembranças...em vão...elas continuam comigo. Minha pior lembrança sua. Depois deste dia tudo mudou...o que eu sentia por você se espalhou junto com as folhas ao longo da estrada...sumiu como aquela tão especial "folha do plátano".
O terceiro nasceu desta lembrança. Amarelo. Agora um fichário. Assim posso destacar lembranças que não me fizeram bem...sem prejudicar as outras. Abrir os ganchos e me desfazer das tristezas...deixar somentas as páginas felizes. É uma grande evolução.

sábado, 14 de novembro de 2009

repostagem...
Pela primeira vez, chorei de saudade daquela noite. Muito quente, tínhamos acabado de sofrer nossa primeira separação. Há meses já te sentia me sufocando, em alguns momentos de desespero, quase anciei por aquele momento. Foi uma separação tranqüila, silenciosa. Eu quase inconsciente, você assustada, surpreza e insegura. Assisti deitada, imóvel, seus olhos se afastarem de mim pela primeira vez. Seu choro abafado parecida me pedir socorro, mas eu não podia me mexer. Tanta emoção num momento tão breve. Nosso cordão vital sendo rasgado bruscamente. Após sua partida passei a noite toda sentada na cama, olhando para a porta, meu corpo doía, meio drogada, havia sangue para todo lado. Impaciente e insegura te esperei, sabendo que a qualquer momento você entraria pela porta, já parecendo outra pessoa. Não sabia exatamente o que esperar. Você já respirava por si própria. Minha ansiedade já deixava claro que algo tinha mudado, que a partir daquele momento eu nunca mais poderia ser a mesma pessoa. Já não poderia ser a mesma pessoa sem você. A partir daquela noite, você havia me roubado o direito de pensar em mim antes de pensar em você. Durante tanto tempo fomos uma pessoa só. Trocamos emoções, sangue e oxigêncio. Todo o resto do mundo à margem desta nossa cumplicidade vital e agora, assim, sem sentido nenhum você resolve sair desta relação, me deixando com um vazio imenso dentro de mim. Sua partida deixou em mim uma cicatriz eterna. Cicatriz que me lembrará todos os dias da minha vida do momento da sua partida. Dizem que o amor é um sentimento incondicional. Se, da sua partida dependia sua vida, então nada me restava senão aceitar sua partida. Deixei que você partisse para o mundo, que fosse plantar suas próprias alegrias e incertezas. Descobrir suas próprias verdades, ter suas próprias cicatrizes. Na verdade a cada dia te vejo mais pronta para a vida. Nos seus momentos de medo e anciedade, penso na cicatriz, e desejo te colocar dentro de mim de novo. Desejo te proteger da vida. Nessa momento encorajo seus passos e fico anônima nos bastidores.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

outra repostagem...

Voltei, pra te ver de novo!
Logo após minha saída apressada, grande tristeza me tomou.
Tristeza por ter te deixado sozinha, chorando ao pé da janela.
Quanta indiferença a minha.
Estiquei meu pescoço para tentar espiar o que te machuca neste pedaço de papel.
Talvez uma foto antiga, amarelada, que você desesperadamente tentar iluminar nesta fraca luz que vaza da janela.
O papel parece ter um carimbo postal.
Alguém distante manda notícias?
Alguém distante avisa que não volta mais?
Outro avisa que alguém não existe mais...
Talvez um poema. Talvez uma promessa de amor.
Solidária, tento remexer o baú quase escondido no canto do aposento.
Esperança de encontrar dentro dele o motivo da lágrima iluminada no seu rosto.
Entender o grito de dor que você tenta abafar com o seu xale negro.
O porquê do luto.
Queria poder te apoiar, te confortar.
Impotente, me sentei à sua frente, curvada de tristeza e sofri quieta com você.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

repostagem...

"...Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo..."
"Naquela época" seus sonhos nasciam de pedacinhos de carvão nas tábuas antigas da casa simples...Séculos mais tarde, depois de você e de mim, sangue do seu sangue viaja em papel reciclado e lápis de cor Faber Castel ...
Morde os lábios e aguça o olhar. Cabeça apoiada na mão esquerda (contra a minha vontade, você nasceu destra) numa postura limite entre o cansaço e o devaneio busca as cores dos seus sonhos.
Casas que "não tinham teto, não tinham nada"... "peixes vivendo fora da água fria".
Os Moais da Ilha da Páscoa são registrados a espera de uma conclusão ..."será que foram mesmos os extra terrestres?"Veleiros em alto mar. Estradas com faixas amarelas. Pontes e lagos.
Sol, chuva e arco-íres..."não tem problema né?"...barbatanas e nadadeiras coloridas, sol amarelo com raios cor de laranja, balanço feito de pneu..."p mudo, engraçado"..."gente não devia ter queixo nem nariz...é muito feio", "cor de pele"...todas as peles têm a mesma cor? ... o irmão cada vez mais distante, árvores híbridas dão maçãs e nozes..."são para os esquilos". Ninguém deveria viver sem um lápis cor de rosa...
Outros admiram de longe. Não conseguem nadar nos nossos mares, subir nas nossas montanhas, viajar nos nossos dirigíveis.
Lá estão suas obras de arte, afixadas com imãs na geladeira.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009


18,3 mil foram condenados por tentativa de fuga
302 eram as torres de controle
259 cachorros faziam a guarda
20 bankers
43,1 km era a extensão do muro que separava Berlim Oriental da
Ocidental
14 mil eram os guardas do muro
239 pessoas morreram tentando cruzar os muros
3221 pessoas foram detidas perto do muro
4,2 m era a altura máxima do muro em alguns pontos
28 anos foi o tempo que o muro ficou de pé
5043 foram as tentativas de fuga
8 linhas de trem, 4 de metro, 193 ruas e avenidas eram
interrompiadas pelo muro
155 km era o tamanho do muro que circundava Berlim Ocidental,
isolando-a da Alemanha Oriental

terça-feira, 10 de novembro de 2009


Autor da biografia de Clarice Lispector vai ao ‘Manhattan Connection’

O “Manhattan Connection”, que vai ao ar no domingo, dia 8, recebe Benjamin Moser, colunista da Hapers Magazine e crítico do New York Review of Books. O convidado acaba de lançar “Why This World”, biografia da escritora Clarice Lispector, que deve ser lançada ainda este mês no Brasil.




Para lembrar os 200 anos de Darwin e os 150 anos de publicação
da "Origem das Espécies"
...se ela soubesse subir em árvores, não precisaria ser tão
pescoçuda...
................
fotos da mais nova descoberta: http://fottus.com/

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

ainda na sequência das "repostagens"!







E SE EU MORRESSE AMANHÃ? não, não se anime, não vou me desmanchar num testamento choroso e nobre, cheio de histórias e saudades, não. não seria tão presunçosa assim. vamos a parte prática da coisa, o lado egoísta de quem pensa, as vezes...só as vezes..."como o mundo poderia viver sem mim?".


e se eu morresse amanhã? falecesse, virasse purpirina ou adubo? quanto tempo levariam as providências práticas...por favor me "cremem"...tudo bem, sei que é caro, triste...mas ferre-se...por favor não se atrevam a não respeitar esse (e alguns outros) último pedido. ouvi dizer que só se pode cremar depois de algumas horas, não sei quantas. isso talvez me dê algumas horas para o caso de eu mudar de idéia.


quem será que terá a nobreza de cuidar do que sobrará de mim...espero morrer de uma doença que não me ferre ainda mais meu corpo. quero ser um defunto bonitinho, aquele que quando o povo olha diz (sempre diz)..."olha ... está com um semblante tranqüilo..."


L. estará muito abalado. do jeito que gosta de planejar tudo... vou acabar fedendo. minha mãe nunca se recuperará. minhas irmãs - só contem com elas se for dia de semana, fim de semana, nem pensar...é, vai sobrar para meu pai..."vou de táxi...você sabe..."melhor lembrar de deixar um boleto assinado.


em quanto tempo farão um bazar com minhas roupas e sapatos? espero que M. fique com minhas (pouquíssimas) jóias, meu edredon e minha bonequinha vermelha....só, não quero deixar muita coisa para ela ter que carregar. em quanto tempo sumirão com minhas fotos, para se evitar lembranças tristes? não quero pensar em outros detalhes.


quantas pessoas irão até Itapecerica marcar o ponto ou retribuir visita (que costume estranho esse também)...melhor não arriscar, Itapecerica é longe para caramba pode afetar minha popularidade, me coloquem no Araçá...mais central, com condução fácil e lanchonete do lado.


não gosto de praia nem de montanha o suficiente para uma homenagem, melhor jogar minhas cinzas na higiênica do gato, pelo menos assim minha vida tem que ter servido para alguma coisa.


quem ficará com meu carro? e com o carnê? será que o banco perdoa a dívida? duvido! ferre-se...fiador, se prepare.


quase ninguém sabe do blog...quem sabe então, deixe um comentário avisando...quem sabe uma alma nobre não dedica um post a mim.


tenho médico dia 25, por favor desmarquem...não quero ocupar vaga de ninguém que, com certeza, vai precisar mais que eu.


vou deixar algumas pendências, não tem jeito, por mais que a gente faça sempre sobra algo a fazer. já fiz um monte de coisas da qual me orgulho (agora não me ocorre nenhuma, estranho) e um outro monte (talvez um pouco maior) das quais me envergonho...essas eu conto em detalhes se alguém quiser saber.


a Fontana de Trevi terá que sobreviver sem minha visita. Cristo Redentor também. Não terei tomado café da manhã com a camisa azul do Diogo Mainardi.


para minha lápide deixo algumas opções...democracia até na hora da morte?..."Nada a declarar", "Se eu não estou ao seu lado, alguma coisa deu errado", "Espere até chegar em casa para falar mal de mim"...


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Apesar de conviver com você há tanto tempo, hoje descubro que sei muito pouco de você.Te culpo pelas conseqüências que hoje carrego de decisões que você não tomou...e também de decisões que você tomou.
Te culpo pelos milhares de cursos que você começou e não concluiu.
Por não falar outro idioma. Ser limitada intelectualmente e ter péssima memória para nomes e datas.
Te culpo por essa insegurança que te faz refém de eternos sins...
para todo mundo, o tempo todo.
Te odeio por você nunca ter tido coragem de pegar um avião sozinha
e passar um dia no Rio de Janeiro.
Te culpo pelas dores de dente que tenho hoje, o motivo?
É óbvio que você sabe qual é.
Te culpo pelo seu senso de humor descalibrado e descabido...
e pela sensação ridícula que você tem de que isso a torna popular. Odeio sua mania irresponsável de abrir sua vida a todos...indiscriminadamente.
Odeio o talento que você adquiriu de conviver com pendências.
Queria que você pudesse pensar, falar e fazer uma coisa de cada
vez...quem sabe as coisas não seriam mais bem feitas.
Odeio sua incapacidade de comer apenas um Bis, um Mentex,
de tomar um café, uma cerveja.
Odeio sua incompatibilidade com a moderação.
Odeio os quilos que você ganhou e hoje sou obrigada a carregar.
Odeio a forma que você provoca e foge de fortes emoções.
Odeio sua postura simpática e polida.
Odeio o fato das pessoas não perceberem
o quanto você pode ser calculista.
Odeio sua mania de organizar a vida em caixas.
Odeio sua incapacidade de esperar.
Odeio a forma como você trata sua família.
Te odeio pelo tempo da minha vida que você perdeu
cuidando de negócios.
Odeio sua incapacidade de alimentar planos a longo prazo.
Te odeio por ter-se deixado apaixonar perdidamente e ter
permitido que isso virasse sua vida de cabeça para baixo.
Odeio ter consciência de que,
apesar de conviver com você a cem mil anos,
sou incapaz de prever seu próximo passo.




terça-feira, 3 de novembro de 2009

quando Bebé era pequenininha adorava ver os "101 Dálmatas".
via e pedia para repetir...de novo, de novo e de novo...
na sequência onde os cãezinhos estão no frio ela pedia para "funcionar"...
e lá íamos correndo apertar o "FF" do controle remoto e acabar logo com o sofrimentos dos pobres cachorrinhos.
êta que eu ando precisando desse botãozinho ultimamente!