"Que espírito´pode ser tão vazio e cego a ponto de não entender que o pé é
mais nobre que o sapato, e a pele mais bela que a veste que a cobre?
Michelangelo
já fui traídajá fui roubadajá mentiram para mimjá me iludiramjá me decepcionaramjá mudaram de calçada para não me encontrarjá desligaram na minha carajá me excluíram do MSNjá identificaram meu númerojá mandaram dizer que não estavamjá mandaram dizer que estavam em reuniãojá colocaram meu nome na boca do sapojá tiveram inveja de mimjá me amaldiçoaramjá bateram no meu carrojá me chutaramjá me odiaramjá me esqueceram...E EU SOBREVIVI!
De tudo ficam três coisas:
A certeza de estarmos sempre começando
A certeza de que é preciso continuar
E a certeza de que podemos ser
interrompidos antes de terminarmos.
Portanto:
Faça da interrupção um caminho novo,
da queda um passo de dança,
do medo uma escada,
do sonho uma ponte,
da procura um encontro.
educadamente pergunto ao visinho de vaga que chega quase no mesmo instante que
eu:
(eu)- oi, tudo bem?
(ele) - não, não está.
perplexa com a resposta páro com ar de dúvida:
- como???
- vocês bateram no meu carro!
- como????
me dirijo desesperada para avaliar o dano - que pela expressão dele deveria ser
gravíssimo. acompanho-o até o pára choque do veículo e tento descobrir a avaria.
depois de localizar o risco (ridículo) tento argumentar que, apesar da bicicleta
da minha filha estar parada na minha vaga (ao lado da dele) - a vaga fica livre
o dia todo portanto não teria porque ela encostar tanto no carro dele ao parar.
(ele) - o meu carro está parado aqui na garagem há 15 anos - só pode ter sido
aqui que aconteceu.
(eu) - nem estou duvidando da sua palavra, mas você viu o acidente acontecer???
(ele) - não, não vi. mas não vejo outra explicação.
claro que depois disso a conversa descambou para o "barraco geral" e subi para o
apartamento com o choro (de ódio) entalado na garganta.