segunda-feira, 23 de junho de 2008

Borboletas por entre as prateleiras!

Brotou na parede um pink lindo...antes laranja. Ela não sabe da cama de adulto que irá ocupar a antiga...nem dos tecidos que deliciosamente ocuparam a manhã do meu sábado chuvoso...uma deliciosa manhã chuvosa nadando entre listrados, xadrezes e floridos...fazendo tudo isso se entender.
Ela não me viu desenhando, imaginando-a deitada nas almofadas coloridas...escrevendo, desenhando...olhando em volta e sorrindo.
Ela adorou as almofadas cor de rosa, sem saber que eram suas.
O abajur de estrela irá iluminar seu quarto colorido e criará sombras na sua parede.
A cortina branca ganhará laços de cor...e tudo terá cor...
Agora pesquiso borboletas, para fazê-las voar por entre as prateleiras.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Sexo com Amor?


atentos aos perigos do sexo com amor!

mas que pontaria a desse cupido não?

Definições




A vida que me deram não se resume a uma lista de compras, objetos de desejo, livros que não li, 100 roteiros exóticos. O futuro que eu espero não cabe numa lista de desejos, ou numa "wish list" (para os que têm a insuportável necessidade de acrescentar termos estrangeiros nesta, já tão complicada, língua portuguesa).



Estou certa de que, em algum lugar que eu ainda não encontrei, se encondem desejos que eu ainda não descobri. Livros ainda não escritos...destinos ainda não desbravados. Quem sabe atrás do fundo do guarda-roupa (né amigo "Pavão")?



Minha família não é simplesmente a primeira comunidade de que fiz parte - como me ensinaram em Educação Moral e Cívica (que tipo de coisa se ensina numa matéria com esse nome?), não, minha família é a minha família. É esse conjunto heterôgeneo de pessoas que não parecem ser nem do mesmo planeta, quem dirá da mesma família. Esse conjunto estranho, barulhento, engraçado e triste do qual faço parte. O termo que define esta família? Não, não sei.



Meus amigos não são pessoas que, simplesmente, cruzaram meu caminho em algum instante, não, são meus amigos. Amigos conquistados e cultivados a custa de dedicação, carinho e muitas vezes tolerância. Como são? O que os define? Não, não sei.


Eu sei que não sou o resultado das características determinadas por pouco mais de 20.000 genes, não, sou muito mais. Sou mais que um conjunto de cromossomos, tecidos, células nervosas, cabelos e dentes. Sou um pouco fruto de outros tempos e de outros mundos talvez. Talvez minha definição esteja num termo ainda inédito. Talvez minha definição ainda não esteja no Aurélio, no Houaiss ou na Wikipedia..talvez eu ainda nem exista de fato. Talvez eu nunca tenha existido.


Ainda faltam termos para todas as minhas definições. Ainda faltam respostas...e talvez ainda faltem muitas perguntas também.


Ainda faltam listas para todos os desejos que eu tenho...ainda preciso encontrar em algum lugar, os desejo que ainda não descobri que tenho.


Talvez minha vida seja simplesmente tomar café da manhã com Maria, redescobrir nos olhos do homem o amor de todo dia. Talvez seja a descoberta da música até então desconhecida. Talvez seja a emoção de um quadro que ainda não foi pintado...nem foi desejado. Talvez esteja no meu presente. Talvez tenha ficado no meu passado.


Talvez minha vida seja simplesmente isso...e eu que talvez ainda não tenha entendido.




quinta-feira, 12 de junho de 2008

dia dos namorados na década de 80

Romeo and Juliet, 1884 , Dicksee, Sir Frank (1853-1928)
Southampton City Art Gallery, Hampshire, UK, / The Bridgeman Art Library
>>>>>>>>>>>>>
Junho de 1989. Jovens, quase adolescentes. Virgens...ambos. O namoro, oficial, em casa... como deveria ser naquela época para uma moça de família, já durava quase 1 ano...e as negociações para a mudança de status de "virgem" para "não virgem" já se arrastavam a alguns meses ... uma parte avançava e a outra (a duras penas) ... recuava. Apesar de mãos, pernas, pescoços, coxas, etc ... etc .. e muitos etcs..... etcs deliciosos ...
Praça Buenos Aires, Avenida Higienópolis em São Paulo. Ela prestava vestibular na Faap. Ele, ainda um estudante com tardes desocupadas, vai encontrá-la. Sentados na praça, discutiram, analisaram prós e contras da operação, fizeram contas, estudaram as variantes da tabelinha, estabeleceram margem de risco, leram a bula do anticoncepcional, manual de instruções do preservativo, avaliaram métodos indígenas, africanos ou utilizados por um grupo esquecido de esquimós... o poder de persuação era forte...ela acabou cedendo.
Uma apartamento vazio ... a oportunidade perfeita. Menores não podiam frequentar os motéis ... pais viajando não deixam chaves deapartamento a disposição. Quanta crueldade com os hormônios alheios. Antes da viagem, uma cópia secreta ... a chave do paraíso estava garantida.
E eis que chega a tão esperada tarde. É 12 dejunho, nada mais romântico.
O ato tão bravamente desejado e negociado ... é consumado! Andar de bicicletapela primeira vez também não foi fácil. Nem tão dolorido!
Não sabiam muito bem o que colocar, onde colocar , como....nem por quanto tempo.
Ela jurava que nunca mais faria aquilo, nem com ele, nem com ninguém . Claro, estava enganada. Ela fez, várias vezes depois.

FELIZ DIA DOSNAMORADOS!!!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Primaveras Sazonais



"...a vida. ela não é um mar de rosas. mas ela oferece primaveras sazonais. e cabe a nós, vivê-las bem, para no inverno, as memórias só nos proporcionem mais forças para resgatá-las em período recorde."

>>>>>>>>>>>.................................................
ganhei este comentário no último post aqui da Casinha...fiquei impressionada com a simplicidade e ao mesmo tempo a força da mensagem...obrigada "amigo Du"!

veio daqui ó:




terça-feira, 10 de junho de 2008

Incompletude

Reading by the Window" de Charles James Lewis - 1830
...................................................
O sentimento é INCOMPLETUDE!
Sensação de que há algo mais a ser do que eu simplesmente sou.
Há algo fora que ainda falta dentro de mim.
Nada ligado a outra pessoa ou bens materiais...
...é difícil encontrar...quando não sabemos o que estamos procurando...
Não me conheço.
Não conheço meus limites, mas tenho a sensação de que ainda estou muito longe deles.
Onde minhas mãos alcançam?
Qual a distância de um passo meu?
A altura que posso saltar?
A força dos meus atos e da minha omissão.
Onde pode ser ouvido o meu grito?
Qual os significados dos meus silêncios?
Sigo, Dividindo-me.
Multiplicando e me somando.
Eternamente me diminuindo.
Será isto do ser?
Será da mulher?
O que será de mim?
Será este meu caminho?
Busco em livros e filmes trechos da minha história.
Em ruas desconhecidas, as casas onde não morei.
Busco pessoas que não conheci na tentativa de resgatar trechos de histórias que não vivi.
Vivo momento de incompletude.
Momentos de quietude....e contestação silenciosa.
Busca...
enquanto isso...sigo a história...
com esta versão incompleta de mim!
..............................
A inspiração para o post verio do www.caixadeanadora.blogspot.com...onde li o trechinho abaixo:

"Há um tempo em que é preciso abandonar
as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo,
e esquecer os nossos caminhos,
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la,
teremos ficado, para sempre,
à margem de nós mesmos."


[Fernando Pessoa]

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Vivas ao Vinho!

"Do sabor das coidas... Mário Quintana

Por mais raro que seja, ou mais antigo, só um vinho é deveras excelente: aquele que bebes calmamente com o teu mais velho e silencioso amigo!"

Desejos...

"Somos incapazes de parar de desejar.... Mas é tão extenuante desejar..." (lembrando A Elegância...)."
Quero um momento de tranqüila solidão no fim do dia. Uma taça de vinho tinto na temperatura. Alguns pensamentos e o sentimento edificante do dever cumprido.
Quero silêncio e uma música mundial tocando ao fundo. Quero um livro, uma história, um persongem que me faça companhia...que viva pra sempre na minha memória.
Tenho tanta coisa...quero tanto mais!

sexta-feira, 6 de junho de 2008

familias felizes ou não

Observando o comportamento das famílias do condomínio, a personagem principal da história comenta:
"Todas as famílias felizes se parecem, mas as famílias infelizes o são cada uma a seu jeito é a primeira frase de Ana Karenina...."
em..A elegância do ouriço

quinta-feira, 5 de junho de 2008

CERTEZAS

"Nunca vemos além de nossas certezas e, mais grave ainda, renunciamos ao encontro, apenas encontramos a nós mesmos sem nos reconhecer nesses espelhos permanentes. Se nos déssemos conta, se tomássemos consciência do fato de que sempre olhamos apenas para nós mesmos no outro, que estamos sozinhos no deserto, enlouqueceríamos." (A elegância...)




...não se preocupem...tá acabando o estoque das anotações sobre o livro...

segunda-feira, 2 de junho de 2008