Você rasgou nosso diário. Substituiu a foto do nosso porta retrato vermelho. Jogou fora o souvenier da grande viagem da nossa vida. Você destruiu nosso álbum de recordações. Manchou nossa foto. Mandou derreter nossa aliança. Corrigiu os escritos das nossas cartas de amor. Mudou a versão do nosso primeiro encontro. Trocou meu nome. Você escolheu nova trilha sonora. Escolheu outros nomes para nossos filhos. Alterou datas e nomes. Escondeu lugares e fatos. Você misturou verdades e mentiras. Transformou momentos felizes em dúvidas.
Você me roubou minha história!
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Você fica com as suas...eu com as minhas!
Também li no Alecrim...avisei que ia guardar...
"E para quem viveu, morrer não é dormir. É outra forma de acordar. Ilusão é fácil, difícil é existir. Perceber-se eterno, nesse conjunto infinito de transitoriedades. Inventores dos nossos sonhos e das nossas realidades. Das nossas verdades. Assim se cresce, caminha. Se há vontade. Senão você fica apenas com as suas. Eu, apenas com as minhas."
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Ímpares
Li no "Alecrim"...
"Produzindo pensamentos libertadores luminosos. Superando tempestades, reerguendo paredes, depois dos terremotos, emergindo de águas profundas. Cantando a canção que vier à alma. Fazendo festas e celebrando superação."
Assustadora revelação de como as coisas podem acontecer. Análise de situações sob outra ótica.
"Produzindo pensamentos libertadores luminosos. Superando tempestades, reerguendo paredes, depois dos terremotos, emergindo de águas profundas. Cantando a canção que vier à alma. Fazendo festas e celebrando superação."
Assustadora revelação de como as coisas podem acontecer. Análise de situações sob outra ótica.
quarta-feira, 6 de junho de 2007
Além do nosso entendimento
Ontém vi por acaso um filme onde, pasmem, a Jennifer Lopes era traída. A mente humana é perigosa mesmo: por uns instantes cheguei a ficar feliz..."se até ela é, tudo bem eu ser também..."
Hoje ganhei um box com as principais obras de Allan Kardec...um de meus mais novos amigos...quem sabe descubro em outros planos explicações que aqui não estou conseguindo encontrar.
Hoje ganhei um box com as principais obras de Allan Kardec...um de meus mais novos amigos...quem sabe descubro em outros planos explicações que aqui não estou conseguindo encontrar.
domingo, 3 de junho de 2007
Final de Semana
"Inspiração é Observação" -Ignácio de Loyola Brandão
Neste domingo me atiro a madrugada em busca de respostas. Silenciosa, com os olhos ainda um pouco abatidos pelos últimos acontecimentos, busco na noite, como tantos já buscaram...respostas.
Vou ao Frans em busca de um café. Talvez fume até um cigarro e coma um waffle. Talvez encontre respostas.
Neste domingo me atiro a madrugada em busca de respostas. Silenciosa, com os olhos ainda um pouco abatidos pelos últimos acontecimentos, busco na noite, como tantos já buscaram...respostas.
Vou ao Frans em busca de um café. Talvez fume até um cigarro e coma um waffle. Talvez encontre respostas.
VERMELHO
Vermelho é vida. Sangue vivo.
Nas luvas brancas.
No sangue mensal, no sangue fatal.
Da carne e da correção.
Vermelho na alma, que espante o luto.
Vermelho do parto e na queimadura que dói .
Nos olhos verrmelhos de tanto chorar .
Vermelho na boca, na unha, na roupa.
Fita vermelha contra mal olhado
Vermelho no sapato da puta e do Papa.
Vermelho no vestido da Júlia
Meu buquê de rosas vermelhas
Na manta do toureiro.
Vermelho da blusa de gola role que uso hoje .
Do xale de lá feito à mão.
Morangos vermelhos e ônibus londrinos.
Vermelho Mondrian.
Vermelho no extrato bancário.
Na bandeira do Japão.
No sinal vermelho e no molho de macarrão.
Do fruto proibido. No proibido fumar ou estacionar
Da parede vermelha onde correm meus cavalos assinados em vermelho.
Vermelho de raiva.
Do vinho tinto.
Dos cabelos vermelhos de Gilda.
Vermlho da roupa de Noel.
Do índio extinto, do urucum e do piriquiti.
Na bala de canela, vermelho da rosa e do antúrio.
Do nariz do palhaço e da boca da gueixa.
Do dragão e do amuleto, do extintor.
Bule vermelho de ágata.
Vermelho que é cor primária.
De copas e ouro.
Do veludo das cadeiras do parlamento.
Da pimenta e da pitanga.
Da terra vermelha do interior e dos telhados de Ouro Preto.
De Che, Lula e Hitler.
Da fruta do café e do guaraná.
Vermelho do Pau Brasil que um dia existiu.
Da manta do monge.
Da vela de macumba.
De Exu e São Jorge.
Vermelho de tudo que só vermelho poderia ser.
Vermelho do coração!
sexta-feira, 1 de junho de 2007
Toc Toc
..."toc toc toc"...o salto das minhas botas pretas nas calçadas silenciosas. Sem saber exatamente onde íam mas seguindo a passos firmes.
Ladeiras sem cansaço, ruas escuras sem medo da violência da cidade, madrugada sem sono ou fadiga. A noite saboreada numa jornada silenciosa para dentro de mim..."toc toc toc"...
O cheiro de rosas a me acarinhar por toda a caminhada me dava a confortável sensação de estar sendo cuidada.
Carregando os cacos que sobraram do nosso amor (obrigada prima) observava os caquinhos que ornamentavam as calçadas..."toc toc toc"...
Cruzei com bêbados e boêmios, desconfiei do comportamento de alguns...muitos desconfiaram do meu....nada diminuía o rítmo das minhas botas pretas..."toc toc toc"...
Eu, nascendo de novo...parto dolorido...na última noite de maio. Casaco de couro, cachecol...e botas pretas ... "toc toc toc"... a me levar.
Na minha lembrança, as noites tristes sempre são frias.
Num bar quase vazio, um cantor, um violão, MPB...desejei entrar, sentar, ouvir a música com uma cerveja....minhas botas não permitiram..."toc toc toc"...
Passei por casas e lojas dormindo de portas fechadas. Ruas em repouso, desertas. Imagens do meu dia a dia num quadro diferente... luz cenográfica, silêncio teatral..."toc toc toc"...
Uma cidade carinhosa a acolher meu momento de reflexão...sem fazer alarde, sem emitir opiniões ou dar conselhos..."Toc toc toc"...
Queria apenas estar quieta. Andando. Pensando. Deixando minhas botas me levarem..."toc toc toc"...