quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma das Marias

maria é grande grande na alma maria sorri mas eu sei que chora como chora maria chora medos chora quieta em segredo frustrações e perdas maria é linda é querida mesmo sendo maria é unica maria usou tamancos foi à pé pé na enchorrada maria seria canhota casou virgem nunca fez planos dá aos outros os presentes que ganha diz "tudo bem" sempre mesmo que não esteja come fruta do conde se queimou com água fervendo maria só teme as baratas sobretudo as voadoras vive para suas mulheres sobretudo por uma delas! dezembro 2009

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

"Mas então a paisagem ficou irreconhecível, e entendi que havia ultrapassado todos os limites anteriores. Já ouvi pessoas descreverem o momento em que o barco abre as velas, o momento em que finalmente se perde a visão da terra. Imagino que a experiência de inquietação misturada com alegria que sempre acompanha a descrição desse momento seja muito semelhante ao que senti no Ford, quando a paisagem em torno ficou estranha para mim. Isso aconteceu logo depois que fiz uma curva e me encontrei em uma estrada que circundava a encosta de uma colina. Dava para sentir o íngreme precipício à minha esquerda, embora não pudesse vê-lo por causa das árvores e da densa folhagem que ladeava a estrada. Fui domado pela sensação de que havia realmente deixado Darlington Hall para trás e devo confessar que senti um ligeiro sobressalto - sensação agravada pela desconfiança de que talvez não estivesse na estrada certa, e sim correndo na direção errada, para algum ermo. Foi só uma sensaçao momentânea, mas me fez reduzir a marcha, E, mesmo depois de ter me certificado de que estava no caminho certo, me vi compelido a parar o carro um momento para fazer um balanço, por assim dizer."

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Era abril de 71, os dois espíritos prontos aguardavam na plataforma prontos para a viagem de volta a Terra. Sorriam as alegrias vividas por vidas e vidas. Choravam as tristezas que enfrentaram juntos em tantos momentos...tantos momentos em tantas vidas. Analisavam curiosos o plano do que viria pela frente.Temiam a viagem. Temiam a chegada. Temiam uma impensável separação. De olhos fechados, deram-se as mãos, apertando uma na outra o quanto puderam, buscando um na mão do outro a segurança para aquela aventura. Numa explosão de luz chegaram à Terra ainda unidos pelo aperto de mão. Neste exato mágico momento duas mulheres iluminadas eram amadas sob o mesmo teto ao som das ondas do mar. Foi esse o cenário de amor que saudou a chega dos espíritos de volta a Terra...
...os espíritos deram vida a duas meninas...a primeira chegou no 4º dia de 72 e a segunda, com algumas horas de atraso, no dia seguinte. Das meninas surgiram as mulheres e das mulheres nasceram Antonio e Maria...que hoje brincam de mãos dadas!
Há quem duvide disso?



agosto 2007