quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Dezembro

Para mim dezembro tem cara de preparação para festa. Aquelas tardes que ficamos nos preparando, aguardando um grande evento de logo mais. Para mim dezembro tem cara de preparativo. A gente espera o Papai Noel, espera o Brinde do Ano Novo...espera os presentes, espera os parentes, espera telefonemas, telegramas, e mails, cartões...espera que algo incrível aconteça. Espera o nosso Show da Virada. Para mim dezembro tem esta cara...esta cara de expectativa.
Para mim Dezembro é uma delícia!

Novas frases...agenda 2008

"Tamanho não é documento, diz a formiguinha com desdém.
Enquanto a baleia está em extinção, eu vou indo muito bem".
Silvio Ribeiro de Castro
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"Se quiseres, confia no pé de coelho,
mas recorda-te que não serviu de nada ao coelho."
Shay
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"Não seja rude e impertinente
Só coloque em sua boca
palavras doces e tranquilas
É muito mais prudente
para o caso de ter de engoli-las."
Silvio Ribeiro de Castro
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"Escrever é, simplesmente, uma maneira de falar sem que interrompam a gente."
Sofocleto

Companheiros

"Clarice Lispector para minhas noites de insônia, Érico Verissimo para saudades da infância, Fernando Sabino para relaxar, Piaget e Paulo Freire para trabalhar, Gabriel Garcia Marques para aprofundar, Maurício de Souza para viagens e férias e segundo caderno de um bom jornal para o banheiro. Para cada momento da vida, a leitura é companheira fiel e prazerosa.
Quais são seus companheiros nesse sentido? "

Yany Mendes Siqueira de Araújo

Escritores

"Somos todos escritores,
Só que uns escrevem,
outros não."
José Saramago

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O amor pode dar certo

Para quem está em dúvida quanto ao suicídio, eu indico.

Encantada

Na rotina de shoppings lotados, estacionamentos apertados, sacolas e mais sacolas, atendentes sem um pingo de espírito natalino...por que não acreditar em conto de fadas?
Hein? Por que não?
Simplesmente incrível.
Há muito tempo eu não via um filme sendo aplaudido no fim da sessão. Acho que o último foi Rocky IV - aquela última cena, a luta contra o alemão.

Desejos

Quero sentar num boteco à beira de uma calçada e tomar um dúzia. Uma dúzia daqueles que vêem suando...e descem gostoso pela garganta! Quero ouvir uma musiquinha de fundo. Musiquinha que não abafe a prosa. Quero ouvir os sorrisos dos happy hours...quero ouvir os amigos. Afinal são eles as testemunhas dos nossos momentos, das nossas pingas e dos nossos tombos também. Quero beber até alcançar aquele bem estar responsável, até rir a toa, até poder expressar os sentimentos. Até começar a falar de filosofia e do futuro.

O Amor não tira Férias

AGAIN...FANTÁSTICO!
Que delícia de filminho...agora eu comprei, é todo meu...vou alternar, um dia "Mensagem para Você", um dia "Cinema Paradiso", um dia "O Amor não tira Férias"...e assim vou levando a vida!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

A Amizade


Tem dias...


Tem dias em que me sinto tão "adolescente".

As crianças brincam no quintal

Não batizaram as bonecas, nem jogaram amarelinha com casca de banana, mas brincaram no quintal. Chegaram ao fim do domingo exaustas, com os pés pretos de quintal. Nós, os adultos, tomávamos café na iluminada cozinha. Café com bolo de vó Sarah...que delícia! Nós, os adultos, falávamos da vida...filhos e sobrinhos brincavam no quintal! Finalmente tudo está onde deveria!

Número 23

Estranho e interessante. Interessante como tudo o que é estranho!

Cinema Vespertino

Para comemorar início de férias...cinema com Maria..."Bee Movie"...mais um filme infantil para adultos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Passeio na Locadora

Tenho visto muitos (muitos mesmo) filmes. Alguns bons, outros "nem tão bons"...na vida tudo é assim mesmo. Quando chegamos em frente a prateleira da locadora nunca sabemos com que vamos nos deparar...mas observando as pessoas em frente a prateleira podemos nos distrair um bocado.

Tem gente que só pega "Lançamento" - não importa se é bom ou ruim - o que importa é o status de ver primeiro, seja lá o que for. Tem gente que só pega filme de "Meg Ryan e Tom Hanks" (Mensagem para Você, Sintonia de Amor, etc). Tem gente que só pega "Van Dame" (Sodado Universal, etc) ou "Almodóvar" (Volver é demais). Tenho uma amiga que adora filme de "cadeia" (Um Sonho de Liberdade, Tango e Cash) e um amigo que odeia filme de "cantoria" (Evita, Amor Sublime Amor). Eu mesma numa outra época adorava filmes de "doença" (O Óleo de Lorenzo, A Cura, Minha Vida). Tem gente que esconde filme pornô embaixo de outras escolhas (Lésbicas1,2,55....). Tem gente que só assiste filme falado em inglês (quase todos). Tem gente que não gosta de filme de época. Tem gente que adora perseguição e tiroteio (não tenho um repertório muito bom nesta categoria). Eu odeio filme de estrada...aquelas viagens intermináveis...claro que Telma e Louise é uma excessão. Minha mãe odeia filme que "vai e volta" no tempo (A Casa do Lago). Tem gente que vê filme dublado, outros gostam de ler as legendas. Tem gente que acredita que o Shrek nunca terá uma voz melhor que a do Bussunga...Eu adoro as dublagens do Selton. Tem situações em que é mais divertido ir à locadora do que propriamente ver um filme.

"Totalmente Apaixonados" e "A Vida Secreta das Palavras"

Água com açucar...sem sal nem açucar. Podia ter passado sem.




Não deu para assistir inteiro...muita depressão. Um enfermeira surda e chata, cuidando de um cara cego numa plataforma de petróleo??

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Cinema e Pipoca



Sobre mortos e vivos e como os dois podem se confundir. Sobre famílias, pessoas, tragédias...sobretudo "mulheres".

Incrível como somos capazes de "congelar" nossos problemas e seguir com a vida!

Com Maria, pipoca e muita alegria. Adorei. Terminei acreditando que sou capaz de mudar o mundo....mesmo que seja o meu pequenininho...mas já é um começo!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Cinema Paradiso


Hoje estréio a "tevezona"...com um baldão de pipoca e "Cinema Paradiso".

Domingo

Os amigos continuam chegando...os novos e os velhos. Para o almoço, para a prosa, para o bolinho de chuva com canela, açucar e afeto. Os amigos continuam chegando....Graças a Deus! Vão se sentando ao redor da mesa e vão ficando...para o papo furado, para o café da Maria e para o bolo de padaria. Para o passado e para o futuro. Para discutir o cardápio da Ceia. Para planejar a viagem de férias. Para falar sobre a recuperação das crianças. Para boas risadas! Ana parte chorando...já de saudade! Maria fica chorando...já de saudade!
"Do sabor das coidas... Mário Quintana
Por mais raro que seja, ou mais antigo, só um vinho é deveras excelente: aquele que bebes calmamente com o teu mais velho e silencioso amigo!"

"Tapete Vermelho"



Também assisti. Achei uma bosta. Só para registro.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Vi também. Vou começar registrar o filmes que vejo. Vejo tanto filme, porém esqueço tudo. Vou registrar. (Na falta de outras coisas mais interessantes para registrar.)
O filme é "águinha"...mas o cenário é lindo. Um pouquinho do interior da Inglaterra.
Ela escreve livros infantis. Os personagens (para ela) são reais.
Gostei.
Eu sou assim. Quando não tô muito legal, passo na locadora e saio carregada. Na falta de acontecimetos interessantes na minha própria vida, prefiro ver acontecimentos interessantes na vida dos outros pelo menos.

Mais filosofia de samba

"Vem, entrega esta ternura em seu olhar

Não negue o que eu já fiz por merecer

Aquece o coração que bate por você, pra valer.

Senti num toque de malícia o seu amor

Carinho não se pede por favor

Por isso eu pude ver

Com que prazer você chegou!"


"A cidade de Paris vista sob a ótima de 21 diretores"


A mãe que perde o filho levado pelo cowboy. Encontros e desencontros. Um café que não foi compartilhado antes da morte. A incapacidade de fazer rir. O medo de se encarar. As fotos de Mona Lisa. O Arco e a Torre. O filho do mímico. A atriz e o amante cego. Pai e filha. A árabe e o estudante de história. A importância do toque.


Registro para não esquecer. Esse filme é demais.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Vida Simples é um Luxo

"Sabe quando você faz algo que lhe dá um prazer danado, mas que acontece aqui e ali, bem raramente, e que por isso mesmo traz uma sensação de felicidade que transborda só de pensar? Pois a experiência única que dá nome a este estado de espírito é o tal luxo para chamar de seu. Ele ganhou um conceito mais flexível, que se desvincula do valor das cifras dos produtos e se aproxima das experiências subjetivas, um luxo emocional. Isto não significa que o luxo tradicional esteja em declínio, muito pelo contrário, ainda povoa nosso imaginário e dita a vida de muitas pessoas que sonham com a trilogia chamapanhe - charuto - golfe. O próprio indivídio tornou-se a medida do luxo. Da aparência para a essência. Simplicidade é o máximo da sofisticação." (Revista Vida Simples)

Seria bom se fosse verdade, mas ainda não somos assim. Talvez a humanidade esteja até caminhando para o "ser" em detrimento do "ter"...mas ainda temos muito a caminhar.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Tá estranho...preciso de um banho de chuva!


Verdade Inventada (Clarice)

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível de fazer sentido.
Eu não, quero uma verdade inventada."

agora ... Clarice

"O que sinto, não ajo
O que ajo, não penso
O que penso, não sinto
Do que sei, sou ignorante
Do que sinto, não ignoro
Não me entendo e ajo como se me entendesse."
"Olhe, tenho um alma prolixa e uso poucas palavras.
Sou irritável e frio facilmente.
Também sou muito calma e perdôo logo.
Não esqueço nunca
mas há poucas coisas de que eu me lembre."
"COM TODO PERDÃO DA PALAVRA: EU SOU UM MISTÉRIO PARA MIM."

Passado e Futuro (tenho pensado muito nisso)

"Nós vivemos a temer o futuro, mas é o passado que nos atropela e mata."

Preguiça (mais de Mário)

"A preguiça é a mãe do progresso.
Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."

"Autodidata é um ignorante por conta própria"

Mário Quintana

"Somos donos de nosso atos
mas não dos nossos sentimentos
Somos culpados pelo que fazemos
mas não somos culpados pelo que sentimos
Podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos.
Atos são pássados engaiolados
Sentimentos são pássaros em vôo.

"Sopa da Vovó"

Passo a vida toda criticando o que fez minha mãe. Critico a forma alienada de ver (ou não ver) a vida. Critico a condescendência perante o feito dos filhos e dos outros. Critico suas críticas. Critico o nome me dado em batismo, americano demais cheio de "ys" e "ths", chamo a filha de "Maria" só para contrariar...aí eu cresço e me vejo num domingo qualquer picando os legumes em cubinhos bem pequenos para a canja ficar com a cara da mãe. Mariah, com as bochechas coradas do sol de domingo, homologa: "tá igualzinha a sopa da vovó".

Enfeites de Natal de 20 anos decoram o pinheiro.
Lula lança a TV digital em cerimônia oficial.
Corintianos choram o rebaixamento do time.
"Cheiro do Ralo" - uma relação filosófica entre o olho, o ralo e a bunda.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Sensibilidade Inteligente

"E, apesar de admirar a inteligência pura, acho mais importante, para viver e entender os outros, essa sensibilidade inteligente............
O que, suponho, eu uso quando escrevo, e nas minhas relações com amigos, é esse tipo de sensibilidade." Clarice

Busquei desesperadamente, entre os sábidos de "inteligência pura" algo que justificasse eventuais erros de ortografia, de concordâncias, bibliográficos, conceituais ou de outra natureza.

Porém segundo Quintana...
"Se as coisas são inatingíveis...ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"
Agora que tenho dois leitores da raça "inteligente" que me conhecem, já me adianto a me desculpar...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Novo sofá

A vida anda corrida. Minha cabeça ontém parecia uma panela de pressão entupida com casquinha de feijão. Hoje tá melhor. Mariah está apaixonada. Tranca-se no quarto e com as poucas palavras que sabe escreve começa a alimentar seu diário...acho que o problema (Diário) é hereditário. Suspira e escreve o nome do "amor eterno" no mural de fotos.


A parede vermelha, tão solitária por anos, ganhou um novo sofá...bege, sóbrio...para não ofuscá-la. A sala ganhou vasos de plantinhas naturais e arranjos de paus de canela...e a casa perfumou-se. As janelas se vestiram de leves cortinas transparentes, para que não se escondam as árvores da praça. O retrato de Mariah ganhou moldura e descansa ao lado do meu (herança do pai). Na varanda esperamos a árvore crescer...e o manjericão segue forte. Os toureiros vão ter de esperar moldura.
E a vida corre!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Igor

"Foi só você me olhar...apenas uma vez...que eu pude perceber,
que é fácil ser feliz!"
Acordei.
Por que cheguei lá? Não sei bem. Por que este desejo desde sempre? Não sei.
O que seus olhos disseram aos meus? Eu sinto, mas não decifro.
É verdade que existem sensações indescritíveis.
Sentimentos que se tornam levianos ao serem colocados em palavras.
Foi assim...simples assim...você estava lá, nos olhamos nos olhou e de repente parece que sempre fizemos parte da vida um do outro.
Agora, esse amor que já algum tempo estava dormindo dentro de mim desperta...desesperado. Você larga a bola (sua paixão) e pula no meu pescoço, perguntando (quase pedindo) se é hoje que te levo para casa...eu, já com os olhos embaçados, fico muda.
Você se alegra com tão pouco. Sua alegria vem de dentro e contagia.
Talvez você ontém tenha sido a travessa que eu estava esperando para me tirar da rua escura e triste que me encontrava, ou me perdia.
Você foi a minha praça arborizada.
Seus cachos, seus olhos negros brilhantes, os dentinhos pequenos sempre aparentes num sorriso constante. Sua expressão...apaixonante.
Seu abraço, seu carinho no meu cabelo, sua cabeça deitada no meu ombro...
acomodado, como se fosse lá que quisesse estar.
É assim que eu desejo que você fique para sempre.
Estar com você ontém me salvou.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Dormindo.

Tristeza em preto e branco. Algo como nunca antes eu havia sentido. Não adianta buscar o sentido, isso só me deixa mais triste. Encolhida num canto da cama, durmo, como aliás nunca consigo dormir. Um sono profundo, fuga. Nasce o dia e as árvores da janela da sala não parecem tão bonitas. Tudo está cinza e a noite, negro. Não é saudade, não é medo, não é nenhum desejo não realizado...apenas tristeza. Será que é isso que chamam de "depressão"? Os sons me irritam. Procuro as músicas mais tristes. Tenho os pensamentos mais pessimistas. As olheiras ficam mais pretas, o olhar mais caído. Sem rímel nem batom. Ando devagar, penso devagar, falo devagar...reclamo rápido e de tudo. Parece que estou numa rua de mão única, sem travessas, não chega nunca ao fim, não encontro uma encruzilhada...sou obrigada a seguir em frente e não consigo mudar de direção. Não quero estar com pessoas. Não quero atender o telefone. Não quero falar, nem ouvir. Outras pessoas me incomodam, porque sei que este meu astral incomoda outras pessoas. Tenho a sensação que algo aperta meu estômago. Estou sempre com um nó na garganta. Falar no assunto de "maio" me deixa ainda pior, mas já começo a questionar se realmente teve poder para tanto. Cansada demais tento buscar eu mesma. Enquanto isso...durmo!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Tempo e vida

Para o blog falta assunto. Para a vida falta tempo. Falta tempo para a amiga, para admirar o sol nascendo na varanda, para o vinho tinto, para meu filme favorito, para os cachos de Mariah, para o lápis de cor, para os sonhos. Falta tempo para o tônico facial e o hidratante para os pés. Sobra vida, falta tempo. Olho em volta e me angustio, ainda há tanto o que fazer...tanto para ver. Pirâmides, Francisco Brenant, Coliseu, Forte de Itamaracá, Petrópolis, Maria Luiza e Oscar Americano, Praça Castro Alves, Lagos Andinos. Destinos distantes no mapa, outros distantes da rotina frenética do ir e vir diário. Li poucos livros...tantas páginas ainda existem por serem lidas...só sei do que não sei. Assino os papéis que aparecem, não os leio. Vou deixando pessoas esquecidas pela vida. Sigo as placas...sem bem certo saber onde estou, nem para onde vou, apenas querendo chegar, o mais rápido possível. No meio do dia, páro, quieta e a sensação da qual tanto fujo me alcança. Têm sido dias de silêncio, de encontros e desencontros.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Desenhando você

Tenho numa parede especial de casa, em carvão um retrato que meu pai fez de mim. Quando cresci, mandei trocar a moldura e carreguei-o comigo como um tesouro, uma herança do dom que herdei dele. Neste fim de semana, a TPM me pegou de surpreza, estava só...eu, um bloco de canson A3 e uma bela caixa de lápis de cor...em rabiscos simples e muito suaves seus traços começaram a surgir no papel, inacreditávelmente, sua fisionomia, seu olhar compenetrado, uma boca suave sem contorno, face rosada. Aos poucos, olhava o desenho nascer no papel e me admirava, não era eu, ele simplesmente brotava do papel. Mudei a cor do cachecol e do gorro...e no verso farei para você uma eterna dedicação de amor!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Ganhei uma janela

Casa nova. Caixas ainda fechadas. Vaso sanitário sem tampa. Papéis e copos perdidos. Quadros a pendurar. Ganhei uma janela, enorme...Barulhos novos, na nova rua. Acaba de passar um caminhão vendendo morangos. 20 Km mais longe...mais tempo para ouvir minhas músicas sozinha...quietinha dentro do carro, pensando, pensando.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Completo - Ivete Sangalo


"É tão bom ter alguém por perto, pra você se
sentir completo. Ter a mão que te leva pro futuro, vislumbrando um horizonte
seguro. É tão bom viajarmos juntos e viver aproveitando tudo. Amanhã vai ser melhor que hoje, novos sonhos ao amanhecer.
Imagino milhões de sorrisos, cada um com seu jeito de ser, mas ligados no mesmo
destino com amor, feito eu e você...O céu e o mar, a lua e a estrela, o branco e
o preto tudo se completa de algum jeito. Homem e mulher, a faca e o queijo, o
incerto e o perfeito...tudo se completa de algum jeito."





"Amanhã vai ser melhor que hoje"...ainda
choro com a cabeça deitada no travesseiro. Ainda não reconheço a cicatriz, ainda
não sei lidar com a lembrança...e feito gato machucado, saio arranhando todo
mundo...mas, AMANHÃ VAI SER MELHOR QUE HOJE.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Vinho Tinto

Na sala quase escura, brindo com uma taça de vinho. Vinho tinto que tem mais personalidade. Pode ser Carmenére, Cabernet, Pignonoir, Shiraz ou a nova descoberta, Pinotáge. Que seja gordo...quase licoroso. A rolha vai para o pote, celebrando mais um momento de voluntária solidão. Que me deixe a visão turva para que eu enxergue melhor. Que balance minhas idéias para deixar escapar meu sentimentos, minhas saudades, minhas frustrações.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Condição Humana

Condição Humana
(Linox)

Desculpe!
Mas não posso prometer
Que eu nunca vou te machucar
Porque!
Sob a dura
Condição Humana
Vivemos eu e você
Como sempre foi
Todo dia, um novo dia...
E se eu não for do jeito
Que espera que eu seja
Não veja isso
Como uma coisa ruim
Assim as nossas diferenças
Jamais serão nosso fim...
De repente num belo dia de sol, um dia qualquer da nossa vida, olhamos para o lado e percebemos que a vida não foi a que planejamos. Depois de alguns momentos de surpreza, talvez até decepção...percebemos então que pode não ser a vida que sonhamos, mas é a vida que vivemos. Talvez até melhor que o sonho. Talvez a vida.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

A casinha azul

Hoje o caminho estava cinza. Parecia chuviscar. Chuvisco triste, manso e interminável. Caminho que já vai se tornando antigo. Casinha azul que aos poucos perde a cor, daqui há pouco já será um história, uma foto envelhecida. As salinhas vão ficando vazias. No chão as marcas das móveis que por tanto tempo ocuparam o mesmo local. Poeira antiga sob arquivos. As paredes peladas denunciam marcas de quadros e fotos que já estiveram ali. Lembranças impregnadas em madeira e esquadrias. A velha escada de madeira nobre observa tudo quietinha do seu canto.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Que delícia de rotina!

Dia desses acordei cedinho. Ainda era quase "de noite" como diria Maria. As janelas da sala ainda não têm cortinas (mas as paredes já têm quadros)...numa dessas manhãs, entre bisnaguinha com doce de leite e tito bem quentinho feito "com amor" parei 10 segundos para olhar pela janela. O inverno deixou as árvores peladas e entre os galhos eu vi o Sol nascer...até dá para acreditar que Deus existe.

Silêncio

"As vezes o silêncio tapa os burados
e o amor prossegue intacto..."

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Quero ser Diane Keaton

Quando eu crescer quero ser Diane Keaton.
Quero ter suas rugas em volta dos olhos, tornando-os ternos e tristes.
Diane com seu rosto genialmente inteligente. Sempre uma salada, bem temperada com ironia, aflição e dúvida. Quero ter uma casa em Hampton (seja lá onde isso for). Decorada em branco e azul claro. Sofás cheios de almofadas com estampa de porcelana. Quero ter cachepós prateados cheios de seixos brancos (ecologicamente incorretos). Ser uma dramaturga famosa (quem conhece algum dramaturgo??). Estou no caminho certo. Em "Alguém tem que ceder"´, a personagem "Érica" só dorme 4 horas por dia...eu estou dormindo menos que isso.
Creme Anna Pegova anti sinais para região dos olhos....0,0007 mg....R$ 168,00????

Poetinha

Um grande amor...Vinícius de Moraes! Nem sei de onde nasceu este amor...mas é real.
Quem me conhece, conhece a história:
se eu tivesse um filho, ele se chamaria "Vinícius de Moraes".
Ele morreu quando eu tinha 8 anos e sinceramente não me lembro de seu nome ser cultuado na cozinha da minha simples família que era mais chegada num Zeca Pagodinho.
"...que não seja eterno, posto que é chama...mas que seja infinito enquanto dure..."
Esta frase tão comumente usada para "casos de amor" deveria se estender a tudo:
Cada sentimento. Cada momento.
Cada abraço. Cada amizade.
Cada telefonema. Cada saudade.
As presenças e as ausências. As chegadas e as partidas.
Quero chegar ao céu ao som do piano de Tom
e receber das mãos de Viníciius um grande copo de wisky.
A minha geração terá que se contentar com
Toquinho tirando magistralmente os mais inusitados sons da sua viola.
Minha geração terá que assistir conformada a shows de Toquinho e MPB4...
"o pato pateta pintou o caneco...surrou a galinha...bateu no marreco..." quanta brutalidade. Teremos que rir das repetidas histórias de Vinícius, contadas com irritante intimidade por seu mais famoso discípulo vivo.
Vinícius que casou 9 vezes.
Que não se conformou com o amor de pijamas furados.
Amor que paga conta de gás. Amor de dentadura.
Que cria calos. A intimidade irritante de dividir o mesmo banheiro.
Amor que perde a chama.
Vinícius que buscou a vida toda o amor da poesia.
Vinícius que sofreu separações e buscas e com isso alimentou as mais lindas poesias do mundo.
"...mesmo amor que não compensa, é melhor que a solidão..."

terça-feira, 17 de julho de 2007

Alianças

A primeira em 89, prateada e muito fina, mostrava mais aos outros do que a nós mesmos, o nascimento de um compromisso.
Quebrou-se de tão fina. Em seguida veio outra, um pouco mais forte.
A segunda em 95, agora em ouro amarelo, num compromisso festejado com poucos familiares tornava oficial o compromisso, agora de dois jovens mais conscientes.
Em 2003 as duas amarelas unidas por uma branca simbolizava a separação do casal e a união da família.
Esta desapareceu misteriosamente.
A terceira em 2005, em ouro branco, foi pouco usada, simbolizada um laço que ainda se via frouxo...perdeu-se no hemisfério norte...a outra ficou guardada no porta jóias.
Nada significaram num amor que lutava para renascer.
A quarta em 2007, elo mais forte, mais consciente, em ouro branco e amarelo, com um pequeno diamante, simboliza só para nós mesmos o reencontro...neste momento tão particular.
Que esta dure.
Que o tempo não derreta.
Que não desapareça, que não se quebre.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Paraty...


A água do mar lava algumas ruas de Paraty ! Idéia de um dos urbanistas portugueses (sério) que ajudou na elaboração do projeto da cidade. A água tem permissão de entrar e levar embora toda a sujeira. As casas de Paraty têm mais portas que janelas...antes eram lojas, armazéns, ferrarias...hoje dá uma gostosa sensação de hospitalidade. Amyr Klink sempre começa ou termina suas viagens em Paraty. Dona Geralda, filha de um portugues beneficiado com o sistema de sesmarias, financiou a construção da igreja da Matriz (a terceira construída, depois de duas anteriores que ficaram pequenas para a população local e foram destruídas). Em troca, teria feito duas exigências: que fosse feita uma homenagem a Nossa Senhora dos Remédios e que os índios - Guaianás - que ajudariam (não voluntariamente) na construção da igreja fossem tratados com carinho. A Santa está lá, já os índios...não encontramos nenhum que pudesse confirmar se a segunda exigência foi atendida. Deixaram que os escravos construíssem também uma igreja para uso próprio (além das que construíam para os brancos) A Igreja Nossa Senhora das Dores. Acabaram caprichando mais na sua própria e hoje é considerada a mais bonita...no teto tem um abacaxi disfarçado...era símbolo da família real: "a fruta coroada" eles não podiam usá-lo também. Algumas fachadas são ornamentadas de pedras amarelas trazidas de Portugal como lastro. Os návios eram construídos para navegarem cheios...na vinda, para manter a estabilidade, enchiam seus porões de pedras...chegando aqui tinham que enfiá-las em algum lugar. O triângulo da Maçonaria está presente nas cantoneiras de pedras nas encruzilhadas.
Em Paraty sorri mais do que chorei, mas chorei. Tomei vinho bom. Usei meu xale preto e minhas botas toc toc toc. Deixei que a água entrasse e lavasse a sujeira. Entendi que para o que não há remédio...remdiado está.

"Pastinha Clarice"

Na prateleira da papelaria escolhi uma pastinha branca com elástico nas pontas. Nesta pastinha vou colar uma etiqueta com seu nome "Clarice" e nela vou guardar, sempre à mão, recortes do primeiro livro seu que li: Aprendendo a Viver.
Nunca se sabe quando a vida vai exigir da gente um pouco de sabedoria...nunca se sabe, na falta de sabedoria própria, vou guardar a sua...na minha pastinha branca, com elástico nas duas pontas, bem segura, que é para não correr o risco de perder sabedoria poir aí.
Segue nos próximos posts, para quem quiser espiar dentro da minha pastinha, os meus recortes...mas cuidado hein...não vai espalhar minha sabedoria emprestada por aí!

ANONIMATO - Clarice Lispector

" Tantos querem a projeção. Sem saber como esta limita a vida. Minha pequena projeção fere o meu pudor. Inclusive o que eu queria dizer já não posso mais. O anonimato é suave como um sonho. Eu estou precisando desse sonho."

ESCREVER - Clarice Lispector

"Não se faz uma frase. A frase nasce."

"Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. Não me lembro por que exatamente eu o disse, e com sinceridade. Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva. Não estou me referindo muito a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se transformar num conto ou num romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação."

"Uma coisa que já adivinhava: era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplesmente não vinha. Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir."

MÁQUINA ESCREVENDO - Clarice Lispector

" A coisa era branca, muito branca. E, sem cabeça, arfava. Como um pulmão. Assim: para baixo, para cima, para baixo, para cima. A pessoa fechou depressa a geladeira. E li perto ficou, de coração batendo."

AO CORRER DA MÁQUINA I - Clarice Lispector

" O horrível dever é ir até o fim. E sem contar com ninguém. Viver a própria realidade. Descobrir a verdade. E, para sofrer menos, embotar-me um pouco. ...... Há coisas que jamais direi: nem em livros e muito menos em jornal. E não direi a ninguém no mundo. Um homem me disse que no Talmude falam de coisas que a gente não pode contar a muitos, há outras a poucos, e outras a ninguém. Acrescento: não quero contar nem a mim mesma certas coisas. Sinto que sei de umas verdades. Mas não sei se as entenderia mentalmente....... É tão difícil falar, é tão difícil dizer coisas que não podem ser ditas, é tão silencioso. .... Depois eu percebi que para essas pessoas esses momentos de nada valiam, elas estavam ocupadas com outras. Eu estivera só, toda só. é uma dor sem palavra, de tão funda."

BICHOS I - Clarice Lispector

" Ter uma CORUJA nunca me ocorreria. Mas uma amiguinha minha achou por terra na mata de Santa Tereza um filhote de coruja, todo sozinho, à míngua de mãe. Levou-o para casa, aconchegou-o, alimentou-o, dava-lhe murmúrios, terminou descobrindo que ele gostava de carne crua. Quando ficou forte era de se esperar que fugisse imediatamente mas demorou a ir em busca do próprio destino, e de reunir-se aos de sua raça: é que se afeiçoara essa estranha ava à minha amiguinha. Relutou muito, via-se: afastava-se um pouco e logo voltava. Até que num arranco, como se estivesse em luta consigo mesmo, libertou-se voando para as profundezas do mundo."

UM EXPERIÊNCIA - Clarice Lispector

"Talvez seja uma das experiências humanas e animais mais importantes. A de pedir socorro e, por pura bondade e compreensão de outro, o socorro ser dado. Talvez valha a pena ter nascido para que um dia mudamente se implore e mudamente se receba. Eu já pedi socorro. E não me foi negado. Senti-me então como se seu fosse um tigre perigoso com uma flecha cravada na carne, e que estivesse rondando devagar as pessoas medrosas para descobrir quem lhe tiraria a dor. E então uma pessoa tivesse sentido que um tigre ferido é apenas tão perigoso como uma criança. E aproximando-se da fera, sem medo de tocá-la, tivesse arrancado com cuidado a flecha fincada. E o tigre? Não, certas coisas nem pessoas nem animais podem agredever. Então eu, o tigre, dei umas voltas vagarosas em frente à pessoa, hesitei, lambi uma das partes de depois, como não é a palavra o que tem importância, afastei-me silenciosamente."

UM REINO CHEIO DE MISTÉRIOS - Clarice

"... O reino vegetal não tem inteligência e só tem um instinto, o de viver. Talvez essa falta de inteligência e de instintos seja o que nos deixar ficar tanto tempo sentada dentro do reino vegetal."

CONVERSA DESCONTRAÍDA: 1972 - Clarice L.

"... Nestes momentos de 'agora mesmo' estou vivendo tão leve que mal pouso na página, e ninguém me pega porque dou um jeito de escorregar. Tive de aprender."

ESTADO DE GRAÇA - Clarice Lispector

" Também é bom que não venha tantas vezes quanto eu queria. Porque eu poderia me habituar à felicidade - esqueci de dizer que em estado de graça se é muito feliz. Habituar-se à felicidade seria um perigo. ficaríamos mais egoístas, porque as pessoas felizes o são, menos sensíveis à dor humana, não sentiríamos a necessidade de procurar ajudar os que precisam - tudo por termos na graça a compensação e o resumo da vida."

LIÇÃO DE FILHO - Clarice Lispector

"...De surpresa de descobrir uma alma insuspeita, fiquei com os olhos cheios de água, na verdade eu chorava. Percebi que meu filho, quase uma criança, notara, expliquei: estou emocionada, vou tomar um calmante. E ele: - Você não sabe diferenciar emoção de nervosismo? você está tendo uma emoção. Entendi, aceitei, e disse-lhe: - Não vou tomar nenhum calmante. E vivi o que era para ser vivido."

SENSIBILIDADE INTELIGENTE - Clarice Lispector

"E, apesar de admirar a inteligência pura, acho mais importante, para viver e entender os outros, essa sensibilidade inteligente. Inteligentes são quase que a maioria das pessoas que conheço. E sensíveis também, capazes de sentir e de se comover. O que, suponho, eu uso quando escrevo, e nas minhas relações com amigos. é esse tipo de sensibilidade. Uso-a mesmo em ligeiros contatos com pessoas, cuja atmosfera tantas vezes capto imediatamente."

Medo da Eternidade - Clarice Lispector

"Jamais esquecerei o meu aflitivo e dramático contato com a eternidade. Quando eu era muito pequena ainda não tinha provado chicles e mesmo em Recife falava-se pouco deles. Eu nem sabia bem que espécie de bala ou de bombom se tratava. Mesmo o dinheiro que eu tinha não dava para comprar: com o mesmo dinheiro eu lucraria não sei quantas balas. Afinal minha irmã juntou dinheiro, comprou e ao sairmos de casa para a escola me explicou: - Tome cuidado para não perder, porque essa bala nunca se acaba. Dura a vida inteira. - Como não acaba? - Parei um instante na rua, perplexa. - Não acaba nunca, e pronto. Eu estava boba: parecia-me ter sido transportada para o reino de história de príncipes e fadas. Peguei a pequena pastilha cor-de-rosa que representava o elixir do longo prazer, Examinei-a, quase não podia acreditar no milagre. Eu que, como outras crianças, às vezes tirava da boca a bala ainda interira, para chupar depois, só para fazê-la durar mais. E eis-me com aquela coisa cor-de-rosa, de aparência tão inocenter, tornando-se possível o mundo impossível que eu já começara a me dar conta. Com delicadeza, terminei afinal pondo o chicle na boa. - E agora que é que eu faço? - perguntei para não errar no ritual que certamente deveria haver. - Agora chupe o chicle para ir gostando do docinho dele, e só depois que passar o gosto que você começa a mastigar. E aí mastiga a vida inteira. A menos que você perca, eu já perdi vários. Perder a eternidade? Nunca. O adocicado do chicle era bonzinho, não podia dizer que era ótimo. E, ainda perplexa, encaminhávamo-nos para a escola. - Acabou o docinho. E agora? - Agora mastigue para sempre. Assustei-me, não saberia dizer por quê. Comecei a mastigar e em breve tinha na boca aquele puxa-puxa cinzento de borracha que não tinha gosto de nada. Mastigava, mastigava. Mas me sentia contrafeita. Na verdade eu não estava gostando do gosto. E a vantagem de ser bala eterna me enchia de uma espécie de medo, como se tem diante da idéia de eternidade ou de infinito. Eu não quis confessar que não estava à altura da eternidade. Que só me dava era aflição. Enquanto isso, eu mastigava obedientemente, sem parar. Até que não suportei mais, e, atravessando o portão da escola, dei um jeito de o chcile mastigado cair no chão de areia. - Olha só o que me aconteceu! - dizze eu em fingidos espanto e tristeza. - Agora não posso mastigar mais! A bala acabou! - Já lhe disse - repetiu minha irmã - que ela não acaba nunca. Mas a gente às vezes perde. Até de noite a gente por ir mastigando, mas para não engolir no sono a gente prega o chicle na cama. Não fique triste, um dia lhe dou outro, e esse você não perderá. Eu estava envergonhada diante da bondade de minha irmã, envorganhada da mentira que pregava dizendo que o chivle caíra da boca por acaso. Mas aliviada. Sem o peso da eternidade sobre mim."

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Minha história????

Você rasgou nosso diário. Substituiu a foto do nosso porta retrato vermelho. Jogou fora o souvenier da grande viagem da nossa vida. Você destruiu nosso álbum de recordações. Manchou nossa foto. Mandou derreter nossa aliança. Corrigiu os escritos das nossas cartas de amor. Mudou a versão do nosso primeiro encontro. Trocou meu nome. Você escolheu nova trilha sonora. Escolheu outros nomes para nossos filhos. Alterou datas e nomes. Escondeu lugares e fatos. Você misturou verdades e mentiras. Transformou momentos felizes em dúvidas.
Você me roubou minha história!

Você fica com as suas...eu com as minhas!

Também li no Alecrim...avisei que ia guardar...
"E para quem viveu, morrer não é dormir. É outra forma de acordar. Ilusão é fácil, difícil é existir. Perceber-se eterno, nesse conjunto infinito de transitoriedades. Inventores dos nossos sonhos e das nossas realidades. Das nossas verdades. Assim se cresce, caminha. Se há vontade. Senão você fica apenas com as suas. Eu, apenas com as minhas."

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Ímpares

Li no "Alecrim"...

"Produzindo pensamentos libertadores luminosos. Superando tempestades, reerguendo paredes, depois dos terremotos, emergindo de águas profundas. Cantando a canção que vier à alma. Fazendo festas e celebrando superação."


Assustadora revelação de como as coisas podem acontecer. Análise de situações sob outra ótica.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Além do nosso entendimento

Ontém vi por acaso um filme onde, pasmem, a Jennifer Lopes era traída. A mente humana é perigosa mesmo: por uns instantes cheguei a ficar feliz..."se até ela é, tudo bem eu ser também..."

Hoje ganhei um box com as principais obras de Allan Kardec...um de meus mais novos amigos...quem sabe descubro em outros planos explicações que aqui não estou conseguindo encontrar.

domingo, 3 de junho de 2007

Final de Semana

"Inspiração é Observação" -Ignácio de Loyola Brandão

Neste domingo me atiro a madrugada em busca de respostas. Silenciosa, com os olhos ainda um pouco abatidos pelos últimos acontecimentos, busco na noite, como tantos já buscaram...respostas.
Vou ao Frans em busca de um café. Talvez fume até um cigarro e coma um waffle. Talvez encontre respostas.

VERMELHO


Vermelho é vida. Sangue vivo.
Nas luvas brancas.
No sangue mensal, no sangue fatal.
Da carne e da correção.
Vermelho na alma, que espante o luto.
Vermelho do parto e na queimadura que dói .
Nos olhos verrmelhos de tanto chorar .
Vermelho na boca, na unha, na roupa.
Fita vermelha contra mal olhado
Vermelho no sapato da puta e do Papa.
Vermelho no vestido da Júlia
Meu buquê de rosas vermelhas
Na manta do toureiro.
Vermelho da blusa de gola role que uso hoje .
Do xale de lá feito à mão.
Morangos vermelhos e ônibus londrinos.
Vermelho Mondrian.
Vermelho no extrato bancário.
Na bandeira do Japão.
No sinal vermelho e no molho de macarrão.
Do fruto proibido. No proibido fumar ou estacionar
Da parede vermelha onde correm meus cavalos assinados em vermelho.
Vermelho de raiva.
Do vinho tinto.
Dos cabelos vermelhos de Gilda.
Vermlho da roupa de Noel.
Do índio extinto, do urucum e do piriquiti.
Na bala de canela, vermelho da rosa e do antúrio.
Do nariz do palhaço e da boca da gueixa.
Do dragão e do amuleto, do extintor.
Bule vermelho de ágata.
Vermelho que é cor primária.
De copas e ouro.
Do veludo das cadeiras do parlamento.
Da pimenta e da pitanga.
Da terra vermelha do interior e dos telhados de Ouro Preto.
De Che, Lula e Hitler.
Da fruta do café e do guaraná.
Vermelho do Pau Brasil que um dia existiu.
Da manta do monge.
Da vela de macumba.
De Exu e São Jorge.
Vermelho de tudo que só vermelho poderia ser.
Vermelho do coração!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Toc Toc




















..."toc toc toc"...o salto das minhas botas pretas nas calçadas silenciosas. Sem saber exatamente onde íam mas seguindo a passos firmes.



Ladeiras sem cansaço, ruas escuras sem medo da violência da cidade, madrugada sem sono ou fadiga. A noite saboreada numa jornada silenciosa para dentro de mim..."toc toc toc"...


O cheiro de rosas a me acarinhar por toda a caminhada me dava a confortável sensação de estar sendo cuidada.


Carregando os cacos que sobraram do nosso amor (obrigada prima) observava os caquinhos que ornamentavam as calçadas..."toc toc toc"...


Cruzei com bêbados e boêmios, desconfiei do comportamento de alguns...muitos desconfiaram do meu....nada diminuía o rítmo das minhas botas pretas..."toc toc toc"...



Eu, nascendo de novo...parto dolorido...na última noite de maio. Casaco de couro, cachecol...e botas pretas ... "toc toc toc"... a me levar.

Na minha lembrança, as noites tristes sempre são frias.

Num bar quase vazio, um cantor, um violão, MPB...desejei entrar, sentar, ouvir a música com uma cerveja....minhas botas não permitiram..."toc toc toc"...

Passei por casas e lojas dormindo de portas fechadas. Ruas em repouso, desertas. Imagens do meu dia a dia num quadro diferente... luz cenográfica, silêncio teatral..."toc toc toc"...

Uma cidade carinhosa a acolher meu momento de reflexão...sem fazer alarde, sem emitir opiniões ou dar conselhos..."Toc toc toc"...


Queria apenas estar quieta. Andando. Pensando. Deixando minhas botas me levarem..."toc toc toc"...

quarta-feira, 30 de maio de 2007

ACRIDOCE



Na cidade, frio. Dentro de mim também.

À noite, Clarice me faz companhia.

Ilumina minha tristeza com a luz do seu saber.

Cada folha virda de "Aprendendo a Viver"

me aproxima mais de Clarice.

Clarice com sua simplicidade complicada.

Clarice sempre terá o sabor "acridoce" deste estranho filme.

Inverno, Insônia, Insegurança...Olhos tristes.

Hoje sou a tartaruga de Clarice:

sem casco nem cabeça, arfando dentro da geladeira.

Ontém virei a última página do meu primeiro caso de amor com Clarice: "Aprendendo a Viver" - agora ela também é um pouco minha (pode morrer de ciúme) e eu sou um pouco dela.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Homenagem à "Laura Braga"







..."quando te encontro pega fogo"...
..."no local de sempre"...
..."também estava pensando em você"...
...palavras escritas, registradas para serem lidas...
Olhos cheios de lágrimas e boca seca. Gelo em cada célula viva do meu corpo imóvel.
Agora nada dói, mas vai doer quando o susto passar.
De onde você saiu "Laura Braga"? Qual sua história?
Que caminho você percorreu para chegar até aqui (ou lá)?
Suas verdades vêem à tona. Continuam verdades?
Até os detalhes mais simples são questionados.
A administradora analisa o fato com critério...por uma longa, interminável noite...
fixa o olhar naquelas palavras, como quem analisa os riscos de uma operação.
A mulher, pela primeira vez na vida, não sabe o que fazer, o que falar, o que sentir.
A tormenta me joga de um lado para o outro.
Altas ondas me empurram para o fundo.
Ainda tenho forças para voltar à tona....por quanto tempo?
Odeio fantasia de vítima. Odeio olhar caído. Suspiros e lamentações.
Penso na minha própria história e revejo meus "certos" e "errados"...
Ninguém merece sofrer assim!
Agora vou agir como agiria uma esposa do século passado:
FECHAR OS OLHOS ... E TOCAR O BARCO"
Esse post acaba aqui...não consigo escrever de olhos fechados.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

ORGANOGRAMA

Caixinhas, traços, níveis, assessores, subordinados. Estrutura horizontal ou verticalizada. Gestão democrática. Talentos pessoais ou viabilidade econômica. Mais nomes que caixinhas. Marujos agarrados aos mastros. Homem ao mar. Planilhas. Planos de cargos e salários. Pessoas, famílias, sonhos...

Novamente...eu e mais uma FUSÃO. Olhares buscando no meu respostas que eu não tenho. Vidas por trás de crachás. Histórias e sonhos que não cabem nas "caixinhas".

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Reunidos?

Reunidos em volta da mesa da cozinha de azulejos cor de laranja. Entre um e outro, abismos. Escondidos pela névoa inebriante da constante euforia que nos cega, segredos...muitos segredos. Calados por risos automáticos, lágrimas...muitas lágrimas. E vamos ficando nós todos...sorrindo cenograficamente!

sábado, 5 de maio de 2007

Reticências...


"Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O termo no plural Reticências refere-se, na escrita, à sequência de três pontos (sinal gráfico:...) no final, no início ou no meio de uma frase. A utilização deste género de pontuação indica um pensamento ou ideia que ficou por terminar e que transmite, por parte de quem exprime esse conteúdo, reticência, omissão de algo que podia ser escrito, mas que não o é."
Mariah escreve como fala. Fala como escreve. Tanto faz. Fato: usa muitas, muitas, muitas reticências. Na última noite Mariah não dormiu. Entre outros, esse foi um de seus pensamentos...
Aqui, Mariah não mente nunca. Nem para ela mesma. Vem daí a tranqüilidade com que se despe do falso manto intelectual, expôe seus "porquês"...e "não saberes". Quase ninguém a lê...e entre os que lê, "quase" ninguém a conhece.
Mariah vai dexando pensamentos, idéias, comentários...cursos, amores, livros, desenhos e bordados por terminar. Uma vida pontuada por reticências...Suas sentenças quase nunca têm ponto final. Exclamação, jamais! Seria conclusivo demais...responsabilidade demais. Talvez a única concorrência que a reticência sofra na vida de Mariah, seja da interrogação.
Mariah tem dúvidas. Faltam algumas respotas e algumas das respostas não convencem. O cansaço de tantas perguntas sem resposta, acabou por acomodar Mariah numa vida de reticências.

Mariah foge de responsabilidades (como dizia querido amigo W)...mas elas sempre são mais rápidas. Toma decisões o dia todo...Se a platéia pudessem enxergar por baixo do seu terninho preto básico, veria muitas reticências... ... ...

Harmonia




"Não se precipite. Pense muito bem antes de falar em separação.


Muitos se casam sem saber que o casamento não é só a junção de duas pessoas sob um mesmo teto, mas a construção de uma nova vida, a dois, e que isso pode significar a necessidade de abrir mão de hábitos e projetos individuais. Tal demanda às vezes causa frustrações e brigas. Quem não tem força para superá-las e evoluir acaba fugindo do jogo antes de conhecer suas regras.



Nas últimas décadas, temos testemunhado uma espécie de banalização da experiência conjugal. É cada vez maior o número de casamentos que são rapidamente desfeitos. Sem muito pensar, os parceiros dizem: "Vamos nos separar". Na verdade é como se estivessem dizendo: "Assim não brinco mais!" E acabam se separando mesmo, sem refletir sobre as causas da insatisfação. Acontece que um casamento não é uma brincadeira e não se pode simplesmente botar a bola embaixo do braço e sair de campo. Ou, pelo menos, não parece sensato fazer isso de forma irrefletida, uma vez que a união foi desejada. Numa perspectiva sensata e adulta, a questão que se coloca é: no que está pensando um casal (ou uma de suas partes) quando diz que quer separar-se? O que se esconde por trás desse "não brinco mais?". Talvez a intenção seja preservar as individualidades, engolidas pelos papéis associados ao casamento. Talvez a proposta radical só mascare um protesto, uma queixa, ou expresse desejos pessoais, demandas que não requerem, de modo algum, rompimento.
Construir um casamento não é tarefa fácil. Exige a revisão de valores e a renúncia a expectativas, hábitos, crenças, projetos, desejos e até esperanças. Isso não significa que essas dimensões serão levadas à extinção, tampouco que uma parte deva se anular diante das necessidades e demandas da outra. Mas significa que a união conjugal é um ponto zero a partir do qual se estabelecem novos costumes, intentos, planos e ideais de felicidade. Para empregar um jargão psicológico, o casamento não é a soma de duas individualidades, mas um terceiro fenômeno, que transcende, supera e se diferencia da mera colagem dessas individualidades, para alcançar um feito novo: a vida a dois. Vida a dois é diferente da vida de uma mais um, mas muitas pessoas entram no casamento movidas pela ingênua crença de que apenas somarão duas peculiaridades. Ou casam-se apoiadas na suposição de que o casamento é a preservação de um - um só - acrescido de um apêndice, uma espécie de upgrade. Adquire-se um marido ou uma esposa como se compra uma coisa utilitária qualquer, que deverá simplesmente se ajustar àquilo que já está pronto, ou seja: a própria indivualidade, o próprio modo de ser, os próprios hábitos e valores.
O tal "não brinco mais", mascarado de "quero me separar", em geral expressa o ressentimento pela vivência da perda de uma condição idealizada, em que o parceiro é almejado como um adereço, sem que se tenha de renunciar a nada, sacrificar nada, aprender nada e, não menos importante, sem que a pessoa se disponha a evoluir. A experiência dessa perda é, de fato, penosa. Poucas pessoas se preparam para vivê-la, por não compreenderem o significado do casamento. Imaginam uma coisa e, quando chegam lá, é outra.
No entanto, é bom advertir: todos os casais passam por frustrações e decepções, além de experimentarem enorme demanda por transformações pessoais. Todos, não apenas aqueles que chegam à separação. A frustração é inerente à empreitada conjugal - e sem ela não existem crescimento, evolução e transformação.
Bem sucedidos são os casamentos que sobrevivem à perda da imagem idealizada de que uma união é feita somente de harmonia.
Sejamos otimistas, porém também sensatos: basta que os pretendentes saibam que a tão desejada harmonia é um ponto ao qual se chega, que se constrói, raramente se apresentando como um ponto de partida. Mesmo quando presente desde o início, a harmonia há de ser descontruída em favor da edificação de uma configuração melhor e mais madura.
Na mitologia grega, Harmonia é filha de Afrodite e de Ares, ou seja, resulta do encontro do amor com a guerra. Se quisermos ser dispensados da segunda, dificilmente teremos conhecido a fundo a primeira."


*Alberto Lima, psicoterapeuta de orientação junguiana, é professor-doutor em Psicologia Clínica e autor de O Pai e a Psique (Editora Paulus).


Dia desses, amiga minha, após 4 meses de casada, me liga falando em separação. Em seguida, na sala de espera do dentista li este texto, recortei, mandei para ela. Que ela seja feliz! E eu também!

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Pendurando os quadros



Páginas amareladas de jornais antigos. Folhas rasgadas despindo um passado recente. Momentos aprisionados em pacotes lacrados com fita crepe. Datas históricas. Retratos antigos, cavalos em corrida, casinhas coloridas, canais, desenhos em carvão e pastel...molduras envelhecidas, pontos de mofo, vidros anti-reflexo. Os últimos pacotes remanescentes de uma época. Últimas folhas de um capítulo desta vida. Últimos fósseis de uma era vivida. Um desafio a mim mesma, assim como desligar o telefone que me ligava ao passado. Protesto contra a demasiada importância que ainda dou àquele episódio. Protesto contra sonhos que insistem em se repetir. Protesto contra sabotagens do meu subconsciente. Um herói imortalizado pela história. Agora você deixa de ser Saudade para se tornar Lembrança.
"Eu juro não que sempre te amarei, mas que sempre permanecerei fiel a esse amor que vivemos"

terça-feira, 17 de abril de 2007

Eis a Questão

Falar ou calar?
Opinar ou deixar rolar?
Correr, andar ou simplesmente parar?
Fechar os olhos ou ver a paisagem?
Música ou silêncio?
Mandar ou ser dominado?
Parar ou fingir que nem viu?
Lembrar ou esquecer?
Viver ou assistir?
Entregar-se ou correr?
Amor ou sexo?
Passado ou presente?
Lembrança ou saudade?
Você ou eu?
Preto ou branco...branco ou preto?
Quadrado ou redondo?
Sonho ou real?
Asfalto ou areia?
Guarda chuva ou deixar molhar?
Salto alto ou pé descalço?
Ser ou não ser...eis a eterna questão!!!

Mistérios do Mundo

"eu preciso aprender os mistérios do mundo para te ensinar"

Tantas perguntas que ficam sem resposta.
Como aprender a andar de bicicletas sem rodinhas.
Por que alguns homens namoram outros homens?
Harry Potter existe?
Quem dá o dinheiro para o Papai Noel comprar tantos presentes? E porque ele não compra para todo mundo?
Tem problema ser gordinha?
Por que gente grande só toma sol e nunca entra na piscina?

Perante às suas perguntas me sinto mais ignorante do que assistindo "Manhatan Conection".

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Alecrim

"...e quanto mais se ama, mais leve,
mais simples e mais bela a vida se torna..."
Inquestionável.
E quanto mais leve a vida se torna, mais fácil é amar.
Simplesmente amar.
Amar a coisa.
Amar a pessoa.
Amar um pensamento.
Amar um sonho.
AMAR.
Copiei (confesso) do blog "Alecrim"- http://alecrim.mine.nu:49153/blog.aspx.

sexta-feira, 30 de março de 2007

Reencontros

"..é a vida, é bonita e é bonita..."
Balões coloridos decoram minha vida. Antigos amigos de volta. Sorrisos e lágrimas de alegria. Não imaginava o quanto feliz seria. Não previa esta eterna festa repleta de convidados ilustres. Brigadeiro de colher, cheiro de boneca nova, Sessão da Tarde com pipoca, caminhadas no gramado molhado, buquês de lápis de cor, fim de tarde com chopinho, sandálias vermelhas, poesia...Se soubesse a quem, agradeceria. Agradeceria cada sorriso que vi ontém nos rostos que há tanto haviam se perdido na vida. O amigo (M) que encontrou sua cara metade (L); a melhor amiga (V) que ainda se perde em fantasia de princesa; a muleca (P) que ainda senta de pernas abertas e fala palavróes; o casal diferente (W e G)...; o antigo amor de infância (R) hoje um homem real, com traumas (vários) normais...e eu, no meio disso tudo.
Quero mesmo é desfrutar de todos esses momentos. Comer o brigadeiro da minha vida de colher. Me lambuzar. Rir alto e em qualquer lugar. Ouvir minhas músicas, ler meus livros. Andar de calcinha...ou sem. Não precisar encolher a barriga ou alisar o cabelo. Não precisar passar a limpo.

quarta-feira, 28 de março de 2007

Minha quase prima









Sua avó madrinha do meu pai.


Minha avó madrinha da sua tia.


Meus pais padrinhos de seus irmãos.


Seus pais padrinhos meus.


No desejo desesperado de tornarem-se parentes...


eles quase se perderam para sempre.


Grata ligação hoje..."sua prima ligou"...


enfim conseguimos o que eles tanto buscaram.


Minhas lembranças de infância


ficaram incompletas sem você.


Meus segredos de adolescência


ficaram sem confidente.


Na minha pressa de crescer, perdi etapas.


Teria sido tudo tão diferente.


Nossas estradas nos trouxeram até aqui.


Nós e nossos rebentos.


Eu e minha boneca. Você e seu boneco.


Nós juntas de novo,


nessa deliciosa brincadeira de ser gente grande.


Era para ser segredo.


Por vocação você descobriu.


segunda-feira, 26 de março de 2007

Eu Amo Diogo Mainardi

MANHATTAN COLECTION


Alguém assiste? Ou só eu tenho esse hábito altamente masoquista??
Assisti num domingo, zapeando pelos intermináveis canais da TV à cabo...desde então quando topo com ele páro. Não sei porque, sempre ao fim do programa tenho o mesmo sentimento...CARALHO, COMO SOU IGNORANTE.
Seguem meus argumentos para tão contundente afirmação.


Esse é Lucas Mendes...1966 começa a trabalhar no Grupo Block - 68 ganha uma bolsa de estudos do World Press Institute - vira correspondente das revistas do Grupo Block em Nova York...contratado pela Rede Globo...
Correspondente da Rede Record...
Criador do Programa Manhattan Colection...
Escritor de vários livros...


LUCAS MENDES - Ao que tudo indica (principalente texto escrito no site...ignorante) esse é o mentor do programa...além de trocentas outras coisas importantes que ele já fez na vida. É o mais "simplesinho" do programa, o que pelo menos "finge" ser o mais humilde...isto o torna ainda mais "insuportávelmente superior". Já escreveu para todas as revistas do planeta e também já comentou todos os escritores de todas as revistas do planeta...cita o nome de cantores quase anônimos, que cantam em bares ainda mais anônimos de bairros anônimos de Nova York, como se eles estivessem no quintal da casa dele...e talvez até estejam mesmo.


Esses são, respectivamente...Caio Blindes, Lúcia Guimarães e Ricardo Amorim.


Caio Blinder: "Vive na ponte aérea Brasil - EUA desde 1982 e hoje ele se define anti-anti americano. Caio tem mestrado em Estudos Latino Americanos pela Universidade de Ohio e um segundo mestrado em Relações Internacionais pela Universidade de Notre Dame."
CAIO BLINDER - Com esse rostinho simpático, óculos simples e sorriso quase tímido ele poderia ser o sapateiro do nosso bairro...aquele cara "simpático" que passa totalmente anônimo pelas nossas vidas...o homem sabe tudo, de tudo..."mestrado em relações internacionais"...que caralho que é isso? eu não tive essa matéria...meu Deus onde eu estava onde tudo isso estava acontecendo no mundo???


Lúcia Guimarães: " Chegou a NY em 1985, como editora internacional da Rede Globo. Foi redatora do Jornal Nacional e Produtora do Paulo Francis."

LÚCIA GUIMARÃES - essa mulher deve ser chique até fazendo chapinha....se bem que ela não deve precisar, quem nasce tão chique assim, já nasce de cabelo liso....e magra. "Editora Internacional" de qualquer coisa que seja, É BOM.

Ricardo Amorim: "Gerencia uma equipe de economistas no Brasil e EUA encarregados de analisar perspectivas econômicas e políticas na america Latina e desenvolver estratégias de investimentos para os clientes do banco."

RICARDO AMORIM - Para mim o caso mais chocante. Dêem uma olhada na cara do "guri", quantos anos ele deve ter? Como ele já conseguiu ser tudo isso? "Encarregado de analisar perspectivas econômicas..." Fala das coisas mais estapafúrdias do mundo com a naturalidade de quem está falando do trânsito na Avenida Reboucas...nos humilha, pobres mortais, com cada comentário escandalosamente seguro, sobre assuntos que eu nem desconfio do que se tratem...Livros sobre ser a cúltura na índia. Do que ele fala? O que quer dizer? Estão rindo do que? Socorro!


Diogo Mainardi: "Ele é recordista de cartas da revista Veja. Suas críticas são famosas por atingirem a tudo e a todos, mas têm sempre um alvo: o Brasil.

DIOGO MAINARDI - Até deixei por último por se tratar de um caso a parte...esse homem é meu sonho de consumo há 7 anos...desde uma manhã de domingo, quando lí sua coluna na Veja pela primeira vez. Assinei por anos a Revista Veja só para devorá-lo todos os domingos (devia ter aproveitado melhor o restante da revista - hoje seria 7 anos menos ignorante). Não há outro homem no mundo que se compare a "DIOGO MAINARDI".

Hoje no programa ele maltratou meu coração quando perguntou a um dos seus colegas..."fulana é bonita ou é balofa"...poxa perdi minhas esperanças.

É sério, povo...este programa me deixa deprimida.
Nem pude esperar o nascer do dia para registrar meu desespero.
Queria ser aquele tipo de pessoa que se contenta em saber com quem a Adriane Galisteu está namorando...aquele tipo de pessoa que não tem noção da própria ignorância, mas infelizmente (é sério) infelizmente mesmo, não sou.
Quanto mais leio, mais noção tenho do tanto que ainda não sei.
São tantas as fontes que me perco em datas e nomes e vivo tentanto fingir que sou muito mais culta do que realmente sou.
Não sei nem com quem a Adriane Galisteu está namorando.

POOOORÉMMMMMM...APESAR DE IGNORANTE, A MENINA AQUI É PERSISTENTE PARA CARAMBA.

terça-feira, 20 de março de 2007

Waffle e Miney

Chuvinha fina. Comprei mais um sapato bicudo. Entrei no Fran's para tomar um cafézinho lendo uma revista já muitas vezes foleada e comer meu waffle...demoradamente enchendo cada buraquinho do favo do mais delicioso chocolate...vi uma menininha, vestida de Miney, com grandes orelhas e um laço vermleho de bolinhas brancas voltando da escola...
Num minuto tive a certeza de que meus dias são feitos de flashs maravilhosos...que minha vida é apenas um soma de muitos, muitos, muitos momentos felizes.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Prolapso da Válvula Mitral



Prolápso da Válvula Mitral

Traiçoeiro você que sempre me pediu fortes emoções.

Achava nossa vida chata...sem friozinho na barriga.

Agora...vai a 104...

sexta-feira, 9 de março de 2007

Insônia


É na calada da noite que passeiam os mais criativos.
Fumam nas janelas dos seus apartamentos os pensadores e os pensativos.
Sofremos de insônia.
Buscam seus blocos de anotações.
Pedem socorro aos livros e internet.
Numa atitude desesperada, o inevitável assalto a geladeira.
O telefone mudo nos faz pensar que somos únicos - que o resto do mundo dorme um tão desejado sono profundo.
O ponteiro continua avançando implacávelmente.
As estrelas rendem o turno ao nascer do sol...
E nós pensadores insones...testemunhas de tudo isso!
"Pensa-se na escuridão clara. Não se pensa. Sente-se. Sente-se uma coisa que só tem um nome: solidão. Ler? Jamais. Escrever? Jamais. Passa-se um tempo, olha-se o relógio, quem sabe se são cinco horas. Nem quatro chegaram. Quem está acordado agora: E nem posso pedir que me telefonem no meio da noite pois posso estar dormindo e não perdoar. Tomar uma pílula para dormir? Mas e o vício que nos espreita? NInguém me perdoaria o vício. Então fico sentada na sala, sentindo. Sentindo o quê? O nada. E o telefone à mão. " (Clarice Lispector - Aprendendo a Viver)

quarta-feira, 7 de março de 2007

Escher


Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com impressionantes efeitos de ilusões de óptica, com notável qualidade técnica e estética, tudo isto, respeitando as regras geométricas do desenho e da perspectiva.

A partir de uma malha de
polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional.

Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos.
Texto extraído de www.wikipedia.org ... quem ainda nao viu...deveria...
Escher é a prova viva de que, sempre, sempre, sempre, existem vários pontos de vista para a mesma imagem. Nunca uma história é a mesma, contada por duas pessoas diferentes. Quando o quadro que eu vejo não está legal, viro o quadro de ponta cabeça e ... tento ter uma visão diferente. As vezes funciona. As vezes piora.